Eu não sou o Haccu.
Uso esse nome como pseudônimo às vezes, mas Haccu não sou eu dentro do Krystalian.
Mentira!... Ou melhor: meia-verdade. Eu sou muito o Haccu. Muito de mim está nele. Muito do que eu quis ser e fazer está nele. Mas de modo algum eu sou apenas o Haccu.
Sou todos os personagens. E ao mesmo tempo sou algo diferente.
Mellock tem hábitos e sonhos meus, Gamma se irrita como eu me irrito, Neyleen é chata, Fren é racional, o coração de Etlyr pula quando ela pensa em outros lugares acima do céu, Mizudinie anseia pelo mar, tudo como acontece comigo. Eles saíram de dentro de mim, eles são como eu. Senti tudo. A Perdição, a Esperança, a Redenção.
Nunca poderia falar do desespero de Gamma na caverna se não o conhecesse. Ao menos é o que eu penso. Não poderia falar de algo (ou pelo menos falar corretamente de algo) desconhecido. Nem que seja desejado.
Então eu sou Haccu.
Eu sou Sark.
Eu matei muita gente. Eu conheci o mundo.
Tudo sou eu.
Absoluto.
domingo, agosto 06, 2006
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5 comentários:
Eu acho que de certa forma.... Todos nós sabíamos disso chan =)
Acho que de certa forma o Kristalyan é a sua vida. Mais que isso, é você. Quando leio o que você escreve parece que estou lendo você. Não há toda aquela cobertura racional ou lírica dos escritores a que estamos acostumados... só a realidade das coisas, da forma como a imaginação as revela, os pensamentos e os sentimentos por trás deles. Se é que me entende. Acho que você tende a ser extremamente sincero.
Madame Bovary, c'est moi...
e a Cláudia sempre nos disse que o mito é verdade.
Quem é a Mdm. Bovary? O Artur ou o Gustave Flaubert??
Brincadeira...
Sabe, a Cláudia é o máximo... Realmente, ela tem toda razão. O mito é o mito. Não seria mito se fosse uma mentira, oras bolas!
Que saudades dela...
Acho que por isso o Platão falava em mitos... porque, daí, ninguém ia poder falar que ele estava errado, mesmo discordando com o platonismo...
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