terça-feira, agosto 29, 2006

Do Artur -

Acho que ele tem razão... Todos temos um dinossauro interior. Que é muito melhor na capoeira do que nós, mas extremamente desengonçado no resto.
O meu é um godzilla-iguanodonte-esfomeado-pirata.
Imagina isso!

Artur: Não imagino não! O meu tiranossauro é muito macho e gosta de morder as menininhas da minha classe.





Mario Quintana

Seleção de poemas de Mario Quintana, do livro O Sapato Florido:
( E, sim, isso é poesia...)
( E, sim, eu adorei esse livro)


O estranho caso de Mister Wong

Além do controlado dr. Jekyll e do desrecalcado Mister Hyde, há também um chinês dentro de nós: Mister Wong. Nem bom, nem mau: gratuito. Entremos, por exemplo, neste teatro. Tomemos este camarote. Pois bem, enquanto o dr. Jekyll, muito compenetrado, é todo ouvidos, e Mister Hyde arrisca um olho e a alma no decote da senhora vizinha, o nosso Mister Wong, descansadamente, põe-se a contar carecas na platéia...
Outros exemplos? Procure-os o senhor em si mesmo, agora mesmo. Não perca tempo. Cultive o seu Mister Wong!


Epígrafe

As únicas coisas eternas são as nuvens



Objetos perdidos


Os guarda-chuvas perdidos... aonde vão parar os guarda-chuvas perdidos? E os botões que se desprenderam? E as pastas de papéis, os estojos de pince-nez, as maletas esquecidas nas gares, as dentaduras postiças, os pacotes de compras, os lenços com pequenas economias, aonde vão parar todos esses objetos heteróclitos e tristes? Não sabes? Vão parar nos anéis de Saturno, são eles que formam, eternamente girando, os estranhos anéis desse planeta misterioso e amigo.


Arte de fumar

Desconfia dos que não fumam: esses não tem vida interior, não tem sentimentos. O cigarro é uma maneira disfarçada de suspirar...


Prosódia

As folhas enchem de ff as vogais do vento.


Só para si

Dona Cômoda tem três gavetas. E um ar confortável de senhora rica. Nas gavetas guarda coisas de outros tempos, só para si. Foi sempre assim, dona Cômoda: gorda, fechada, egoísta.


A companheira

A lua parte com quem partiu e fica com quem ficou. E, pacientemente, consoladoramente, aguarda os suicidas no fundo do poço.


O paraíso perdido.

Nasci em Shangri-La.
Pois quem foi que não nasceu em Shangri-La?


Parábola

A imagem daqueles salgueiros nágua é mais nítida e pura que os próprios salgueiros. E tem também uma tristeza toda sua, uma tristeza que não está nos primitivos salgueiros.


Inferno

Em suave andadura de sonho, sob uma infinita série de arco-íris celestiais, anjos me conduziam num palanquim dourado, entre um curioso povo de profetas e virgens, que formavam ala para me ver passar. Mas eu debruçava inquieto a uma e outra janela: faltava-me alguma coisa. Faltava... Faltavam os meus desafetos. Eu só queria era ver a cara deles, ver a cara que eles fariam quando me vissem passar, tirado por anjos, num palanquim de ouro!


Envelhecer

Antes, todos os caminhos iam.
Agora, todos os caminhos vêm.
A casa é acolhedora, os livros poucos.
E eu mesmo preparo o chá para os fantasmas.


Exegese

- Mas que quer dizer este poema? - perguntou-me alarmada a boa senhora.
- E o que quer dizer uma nuvem? - retruquei triunfante.
- Uma nuvem? - diz ela - Uma nuvem umas vezes quer dizer chuva, outras vezes bom tempo...


Quien supiera escribir!

O menino de joelhos sujos que chega em casa correndo e mal pode falar...
A velha dama que é agora obrigada a fazer renda para vender... de casa em casa, a coitada!... e que senta na ponta da cadeira, suspira discretamente e murmura: "A minha vida é um romance...".
Aquela moça que diz: "Não quero ouvir isto!" e tapa os olhos...
Ah, quanta coisa deliciosamente quotidiana, quanto efêmero instante, eu não gravaria para sempre na memória dos homens, se...


Hai-kai da cozinheira

A cozinheira preta preta
Preta e gorda
Com seu fresco sorriso de lua...


Mentira?

A mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer.


Da cor

Há uma cor que não vem nos dicionários. É essa indefinível cor que têm todos os retratos, os figurinos da última estação, a voz das velhas damas, os primeiros sapatos, certas tabuletas, certas ruazinhas laterais: - a cor do tempo...


Pequenos tormentos da vida

De cada lado da sala de aula, pelas janelas altas, o azul convida os meninos, as nuvens desenrolam-se, lentas, como quem vai inventando preguiçosamente uma história sem fim... Sem fim é a aula: e nada acontece, nada... Bocejos e moscas. Se ao menos, pensa Margarida, se ao menos um avião entrasse por uma janela e saísse pela outra!


Margraff

De uma feita, descobri nas costas da folhinh o seguinte precioso informe:
"O açúcar de beterraba foi descoberto em 1747 por Margraff."
Desde então, nunca mais pude esquecê-lo.
E quando procuro, ansioso, entro os nevoeiros da memória, uma data esquecida, um nome, uma citação, ei-lo que aparece, implacável, esse Margraff, à prova de balas e de esconjuros. Por quê? Estarei ficando...?
Ou será o pobre Margraff que tenta desesperadamente sobreviver, transformando-se em idéia fixa?


O recurso

Sempre que o Poeta vai falar, Nosso Senhor desliga o telefone. Alô? Impossível comunicação direta.
E bum catimbum e bum bumbum
E toca o pandeiro mulata meu bem
E bum catimbum

Oh! Não há nada como a irresistível marchinha do nosso bloco invicto e soberano, para entulhar esse horrível silêncio!


Filó

O negrinho Filó era um artista no pente. Naquele velho pente envolto em papel de seda, tirava tudo, de ouvido, desde a Canção do Soldado até La donna è mobile. A gente ficava escutando, com orgulho e inveja. Pois nenhum de nós conseguia tocar pente. Dava-nos cócegas e, como dizia Gabriela, "a gente se agachava a siriri que não parava mais". Quando ele morreu, foi logo declarando a sua qualidade, para S. Pedro: "Musgo!". E S. Pedro lhe deu uma gaitinha de boca. Uma linda gaitinha de boca! E até hoje ele vive explicando que não há nada como o pente... mas o Céu é tão perfeito que na sua Filarmônica não existem instrumentos de emergência: um pente, lá, é um pente mesmo.


O anjo Malaquias

O Ogre rilhava os dentes agudos e lambia os beiços grossos, com esse exagerado ar de ferocidade que os monstros gostam de aparentar, por esporte.
Diante dele, sobre a mesa posta, o Inocentinho balava, imbele. Chamava-se Malaquias - tão piquinininho e rechonchudo, pelado, a barriguinha pra baixo, na tocante posição de certos retratos da primeira infância...
O Ogre atou o guardanapo ao pescoço. Já ia o miserável devorar o Inocentinho, quando Nossa Senhora interferiu com um milagre. Malaquias criou asas e saiu voando, voando, pelo ar atônito... saiu voando janela em fora...
Dada, porém, a urgência da operação, as asinhas brotaram-lhe apressadamente na bunda, em vez de ser um pouco mais acima, atrás dos ombros. Pois quem nasceu para mártir, nem mesmo a Mãe de Deus lhe vale!
Que o digam as nuvens, esses lerdos cágados das alturas, quando, pela noite morta, o Inocentinho passa por entre elas, voando em esquadro, o pobre, de cabeça para baixo.
E o homem que, no dia do ordenado, está jogando os sapatos dos filhos, o vestido da mulher e a conta do vendeiro, esse ouve, no entrechocar das fichas, o desatado pranto do Anjo Malaquias!
E a mundana que pinta o seu rosto de ídolo... E o empregadinho em falta que sente as palavras de emergência fugirem-lhe como cabelos de afogado... E o orador que pára em meio de uma frase... E o tenor que dá, de súbito, uma nota em flaso... Todos escutam, no seu imenso desamparo, o choro agudo do Anjo Malaquias!
E quantas vezes um de nós, ao levar o copo ao lábio, interrompe o gesto e empalidece... - O Anjo! O Anjo Malaquias! - ... E então, pra disfarçar, a gente faz literatura... e diz aos amigos que foi apenas uma folha morta que se desprendeu... ou que um pneu estourou, longe... na estrela Aldebaran...

Uma história III

Ou:
A história da garota aymará que descia os degraus, ou: A longa escadaria de uma ilha perdida no meio do Lago Titikaka.

Duas horas de navegação pelo lago frio. O sol, que muito iluminava mas pouco aquecia, brilhava por sobre a superfície de pérola do Titikaka. O barquinho se movia devagar, poc-popoc, cruzando água, passando pelas ilhas de junco.
No horizonte aparece uma grande massa de terra amarela, a Isla del Sol. O guia nos diz que devemos aportar em um dos lados da ilha e caminhar até o outro, onde ficaria o restaurante. Tudo bem, caminhar aquece, é gostoso andar observando o azul da água se misturar com o do céu e com o amarelado seco do capim na terra.
Descemos no embocadouro e o barco saiu devagar, para nos pegar depois, do outro lado da ilha.
O grupo então se dividiu. Alguns foram na frente, outros, mais cansados e doentes ficaram para trás, caminhando devagar. Eu resolvi seguir.
Fui andando lentamente no começo, mas sei que não consigo fazer isto por muito tempo. Queria ser o primeiro. Andei rápido, quase apressado.
Passei por várias pessoas, ultrapassei um grupo inteiro conversando.
Até que fiquei sozinho. Andava sem me cansar, subindo e descendo colinas e morros, olhando para a ilha. Percebi que o guia tinha nos enganado: aquela não era de modo algum uma ilha pequena. O outro lado ficava uns bons quilômetros afastado, e o restaurante então... Mas tudo bem, era delicioso andar sob o sol, no meio de uma ilha, no meio do Titikaka, no meio dos Andes, no meio da América!... A água era quase verde próximo à praia e azul profunda no horizonte. De vez em quando se viam algumas casinhas de telhados vermelhos, onde moravam (no meio do nada) pessoas calejadas e senhoras de roupas coloridas, que andando de um lado para o outro na única estradinha da Isla del Sol. Sorria e balançava a cabeça para os velhinhos que passavam e imaginava coisas que me ajudavam a seguir em frente e rir(como o fato de que a palavra para "vamos!" em quêchua é "háccu").
Eu me sentia muito alegre por ter ultrapassado todos do grupo e alguns turistas no caminho, me sentia muito rápido, muito feliz, muito disposto a fazer qualquer coisa no mundo sem nem mesmo me cansar.
Até que eu cheguei na escada.
Ela descia, do topo da ilha até o porto lá embaixo. Era o porto do outro lado, onde se via uma vilazinha com um arco em ruínas como portão e, provavelmente, onde se encontrava o tal restaurante.
Comecei a descer a longa escada. Mais uma vez, me sentia veloz e ágil, passando por duas moças que estavam morrendo de medo dos degraus íngremes.
Alegre, invicto, o mais rápido daquela ilha toda!
Ia pulando de degrau em degrau, quase dançando, sentindo o sol.
Passei por uma casa, uma casinha simples de terra batida plantada na encosta da montanha, no meio da escada. A porta se abriu apressada e uma garotinha saiu, bateu a porta rápida e passou por mim. Ela tinha quase que dez anos, ou menos, usava uma linda roupa colorida e nem me viu.
Um pouquinho à minha frente ela começou a descer a escadaria. Eu, que tinha vencido todas as pessoas no caminho, achei que seria interessante passar a garotinha. Apertei o passo, pulei alguns degraus.
Ela, timidamente, seguia sem parar, com passos de cabrito, conhecendo cada rocha do caminho, sabendo sempre onde pôr o pé. Tentava correr o mais que podia na escada de pedra, mas o meu máximo só era suficiente para acompanhar o passo apressado da menina.
Ela descia a uma velocidade alucinante, quase voando. Para ela não era uma escada, era uma continuação do corpo leve, parecia feita de vento! Eu pulava, corria, me apressava; sabia que só um pouco mais rápido eu tropecaria e cairia feio, rolando escada abaixo até o porto. Não tinha mais velocidade do que aquilo, e ela.. ela dançava, sem se importar comigo ou nada ao redor.
Ficamos um tempo assim, correndo, correndo. Ela na frente e eu alguns passos atrás, cansado mas ainda determinado a alcançá-la ao menos. Descemos assim, juntos, uma longa sessão, antes que eu desistisse.
Perdi a competição. Quero dizer, a competição só existia na minha cabeça. Ela estava só andando apressada. Era eu quem queria me provar como o mais rápido. Ela não precisou provar nada, ela desceu os degraus tão agilmente que eu pensei que fosse impossível. Diminui o passo, incapaz de continuar aquela perseguição inútil. Desisti de ser o mais veloz e olhei a garota sumir escada abaixo.
Quando eu cheguei ao porto, nem sinal da menininha. Talvez ela já tivesse subido de novo por outra escada, talvez ela tivesse entrado em alguma casa.
Gostei imensamente dela, e prometi que nunca mais a esqueceria. Uma garotinha que morava em uma casa de terra, no meio de uma escada que descia uma enconsta de uma montanha em uma ilha perdida no meio do Lago Titikaka. E que descia os degraus mais rápida do que eu jamais poderia conseguir.

O silêncio impressionável

Meu silêncio não é impassível, ele tem sentimento. Mas de todo modo é silêncio.

[vou terminar isto depois...]

sexta-feira, agosto 25, 2006

Não é justo!

Vou reclamar com Hades!
O Sistema Solar tem agora só 8 planetas. Plutão foi rebaixado.
Esses astrônomos! Mexeram com o planeta errado...

quinta-feira, agosto 24, 2006

Meu dia perdido como Marjane

Hoje eu fiquei vagando por aí... Cheguei muito cedo na faculdade, horas mais cedo. Sentei-me em uma carteira e desenhei quatro páginas de um caderno novo. Sonhei com terras e ilhas além do mar.
Sabe quando você fica sem rumo? Quando seus pés simplesmente andam por aí, seguindo a calçada, mas a sua cabeça está em outro lugar completamente diferente. Então, foi o que me aconteceu hoje, enquanto eu esperava pelas aulas começarem.
Uma hora resolvi pegar um ônibus da Circular. Eu sempre tenho essa curiosidade em saber onde vão os ônibus depois que a gente desce deles.
(Eu sei que só a Camilla leu esses livros, mas a vontade de escrever essa comparação é maior do que a sensação de que é inútil porque ninguém vai entender:)
Me lembrei da Marjani Satrapi, a garota de Persépolis. Uma hora ela perde tudo o que tinha e fica simplesmente entrando e subindo nos bondes de Viena; o dia inteiro ela passa rodando pelas ruas, sem nenhum lugar para voltar, ou pessoa para esperar. Senti um pouco a mesma coisa, em uma magnitude menor. A circular subia e descia, parava na estação, contornava rotatórias e eu permanecia em seu banco, olhando as pessoas que passavam, conhecendo a USP, lendo Bodas de Sangue.
Sabe quando você simplesmente não tem nada para fazer? Nada a te motivar?
Li os textos para a aula, desenhei um pouquinho (quando a circular parava), pensei no comércio do Sael, na vida, no sol.
Passei na banca... e nada de One Piece... 15 dias esperando... ToT
Acho que agora conheço todos os prédios da universidade.
Todas as ruas e rotas dos ônibus.
Passei inclusive no MAE (museu arqueológico e etnológico), por curiosidade e por que você falou dele e disse que era tão bonitinho (você também disse que ele se parecia com um prédio de fazendinha, mas eu prefiro não ter escutado essa parte...). Tem uma coleção bonita. Fiquei ali, olhando os potes indígenas super alegre. Tem umas máscaras africanas assustadoras e objetos iorubás mó interessantes!
Aí veio a biblioteca, e mais desenhos e leituras.. Fiz um mapa enquanto lia o Dicionário dos Símbolos. Adoro desenhar mapas.
E então a aula de História da África.. Mandês, Benin, obás, rias da Gâmbia, planalto do Futa Jalão, São Jorge da Mina, Senegal, Tomboctou...

Eu realmente não presto para contar sobre o meu dia em blogs. É por isso que eu conto histórias e faço piadas. Talvez foi esse dia que foi esquisito e sem centro.
Não sei contar sentimentos.



P.S. - Tem um oní (rei) dos iorubás chamado Ovonramen... Entenderam? Ovo'nRamen! Ovo and Ramen!! Ovo e Ramen!!!
Às vezes alegria é tão desesperada....

terça-feira, agosto 22, 2006

As ilhas de Carbo

No Mar de Medira o Obá de Guadá controla o fluxo do ouro das minas de Mabel-malal. Ele tem uma longa e velha inimizade com o vice-rei João Yakubo, morador de Fechdra, posto mais avançado do reino de Raóke na direção do sul.
O sultão de Raóke e rei das Índias, Francisco Perembere, exigiu que seu Império atravessasse aqueles mares para chegar até a Ilha Sparka, portão aberto para o Mar do céu, que flutua sobre Carbo. Para isso, ele tem que enfrentar o Obá de Guadá, cujo poder crescente chegou até a ilha Sererê no sul, lar da velha e alegre cidade dos pássaros de Kawkaw.
A estratégia adotada era Caetano Flores de la Vega, explorador de sua majestade. Francisco Perembere ordenou que ele navegasse até a Ilha Sparka e encontrasse o caminho até o céu. Para isso, Caetano teria que navegar além dos reinos de Medira e através da Chachãmina, uma corrente confusa e distoante que faz os marinheiros se perderem; isso sem contar as terríveis ilhas vizinhas de Sparka no Mare Ilusios. Como o seu nome indica, ele é formado por ilusões e perigos disfarçados, onde nenhuma ilha é o que parece.

Dápa
Kazvin
Cadrã
Abençoada
Prometida
Lamlam
Malágapa
Magálapa
Mar dos Tritões
Sunílhas
Pecunílhas
Mora
Valabard
Akandra

De que adianta inventar tantos nomes e mundos para nada?
Até onde vai a imaginação?

segunda-feira, agosto 21, 2006

Tordesilhas 2.0 - Into the future...

Cuidado, viu.
O Papa pode abençoar a galáxia..

sábado, agosto 19, 2006

Obrigado gente! - ou: Prêmios prêmios prêmios para uma existência não virtual - ou: Eu vos amo!


Não é que nós não fiquemos tristes. Na verdade, eu sei que é bem o contrário. Mas parece que o universo nos deu um "bônus" presenteando-nos com nós mesmos. Somos tão loucos que só nós nos aguentamos! As outras pessoas também ficam mal e tudo, mas elas não tem com quem falar tanta bobagem e rir sem parar; somos muito sortudos por isso! Resolvi dar prêmios (já que é só pra isso que esse blog serve, aparentemente), só que dessa vez para coisas ditas sem pensar, coisas loucas e divertidas que me obrigaram a anotar. Vou premiar todos vocês, por serem tão engraçados.
Obrigado amigos!

Rol das frases engraçadas ditas sem pensar:

- Estamos em sete pizzas. - Marina, anunciando seus amigos.
- Eu não gosto de verdura... mas como Froot Loops. - Ugo, achando que o tal cereal é um tipo de fruta.
- Eu sempre me esqueço de tomar banho - Marina (ênfase no SEMPRE).
- Ah entendi! É daquela piada em que a gente morre e por isso fica repetindo a mesma frase! - Charles, o lento.
- Eu tenho um problemão para deixar as mangas da camisa iguais... - Marina, a estranha.
- Você agora é um cachorrinho!! - Clara para Charles em um flashback.
- Ah, eu me lembro que no recreio eu sempre via uma garota esquisita circulando uma árvore e falando sozinha em voz alta, gesticulando loucamente - Gabi sobre... adivinha, a Marina.
- ..... Ai!!.. Alguém mais ouviu isso??! - Clara, diante do silêncio
- "Batatinha quando dorme.." - Marina, recitando o poeminha infantil.
- Que irmã? A Talita ou a Batatinha? - Charles, que levou a frase anterior à sério.
- Ah tá! Achei que o Papa fosse um pai qualquer... - Marina, que claramente não entendeu a piada do Papa (sabe aquele, o Pontífice?)
- É, v(b)assoura. - Marco ; - Mas pessoa não tem nem v nem b!!! - Artur, o confuso.
- Onde eu tô moço? ; - No paraíso... (amigo da Gabi e motorista do ônibus conversando)
- "Eu tenho um namorado... ele é grande, forte e joga basquete... E o nome dele é Charles!" - Luda, rindo, rindo, rindo... (de mim)
- Que dragão bonito!! Quem fez? - Clara, sobre um dragão recém-montado pelo Marco e a Gabi (e com recém eu digo, naquele instante, com a Clara vendo).

^.^

Repararam que, frase sim, frase não, uma delas é sobre a Marina?

Não se preocupem, tenho certeza que essa lista ainda vai crescer... Visitem sempre!

quinta-feira, agosto 17, 2006

Loreena McKennitt


Blacksmith:
http://www.quinlanroad.com/audio/elemental/blacksmith.mp3

Lullaby:
http://www.quinlanroad.com/audio/elemental/lullaby.mp3

Eu não sei porque eu gosto de Loreena Mckennit. Eu não sei porque eu gosto de Enya. Nem sou muito ligado nessa onde de New-Age... Ou talvez eu seja, mas ainda não percebi?
Sei lá... Sabe quando a música entra dentro de você e... ressoa? Ela está certa, ela produz um efeito e atinge a gente. Isso acontece comigo.
Não viveria sem poder escutar música.

Zapper

Quando eu era criança, costumava sentir dores no corpo. Minha mãe chamava de "dor de crescimento" e dizia que eram os ossos aumentando e empurrando meu corpo. Desde então, sempre pensei que crescer era doloroso e machucava. Crescer em minha vida sempre foi um processo de abandono e de morte, em direção à um futuro desconhecido e novo. O contorno nunca era capaz de abrigar um interior mutante, por isso sentia machucar, sentia-me mal, sem poder fazer nada: meus ossos ditavam o ritmo e o caminho que meu corpo era obrigado a seguir. Sempre que eu tinha que mudar era a mesma coisa... Tentava tomar banhos quentes ou beber chá, mas a dor só ia embora com a noite. Lembro-me da minha avó me aconselhando a dormir, para que a dor passasse. Ela dizia que com a chegada da manhã eu já seria algo novo, algo que eu nunca poderia imaginar antes de ser.
Pois é.
A gente nunca escolhe o que vai ser. A gente se torna. Podemos chorar e gritar, nos revolver diante do machucar, mas não há como contornar a dor dos ossos em expansão
.

Hoshy


Sinto-me deserta. Um vazio me preenche. Desesperador.
Sempre menti para tentar me sentir melhor, mas agora vejo que tornei-me uma mentira também. Não sei mais quem sou. Fui um grande fingimento e só posso dizer que isso não me trouxe nenhum prazer, nenhuma aventura.
Falei tanto sobre o que não aprendi, inventei histórias sobre um tanto que não fui. Tentei ser alguém, mas resultou-se em fracasso.
Me perdi.
Se achrem-me por aí, avisem. Digam que estou em qualquer lugar.
Fracassei. Me parece errado dizer isso, já que nem ao menos tentei.
Fui um desastre. Menti e me enganei, dizendo ser quem eu não era, quem eu não fazia esforço algum para ser. Esforço? Nunca me esforcei para conseguir ser o que não-sou.
Não fui, não fiz, não sei.
Não sou nada agora.
E agora, o que eu fiz depois de dizer tanto?
Depois dos discursos coloridos sobrou-me o deserto.
Falei mentiras? Sim. Tratei de enganar desesperada a todos, sem saber que, no fundo, era eu quem queria, com o mesmo desespero, acreditar.
Ninguém havia me dito que os sonhos são belos, mas feitos de areia. Se não transformados logo, tenho à frente nada além de um vasto deserto.

Raiva

Quero destruir uma porta. Quero destruir uma esperança.
Quero te mostrar o céu.

Só que sempre me esqueço que a cidade cobre o seu céu com suspiros, barulho e fumaça.
"Muito cedo em minha vida ficou tarde demais."

É doloroso demais suportar a existência.

Eu realmente queria fazer alguma coisa pelas pessoas. Realmente.
Algo além de estar aqui.
Queria poder te tirar daí, onde é escuro. Não como príncipe encantado, nem como herói ou personagem. Como gente. Trazer a vida de volta para onde você está.
Se o seu inimigo é o mundo, como eu posso enfrentar o mundo?
Odeio o modo como as pessoas são convencidas a viver. Não há justiça, não é mesmo? Não há misericórdia, nem Deus, nem felicidade.
Isso não deveria ser assim. Nada deveria ser assim. Mas que droga de mundo é esse, que mata os estudiosos de Ohara, que permite a exploração, que justifica a crueldade e incentiva o ódio?
Queria poder lutar ou fugir. Proteger as pessoas do sofrimento.
São tão tolos alguns sonhos...

Um por um eles vão se apagando. Como velas no escuro.
A noite entra pela janela.
A vontade de gritar cresce. Chorar, espernear.. De que adianta?

O céu está ali...
..E nós sem asas...




... Nunca é simples, não é mesmo?

terça-feira, agosto 15, 2006

Não tinha nada melhor para dizer

Então, descoberta da minha vida. Sabe no desenho do Asterix ou em gravuras do império romano? Tinha sempre aquele estandarte esquisito da águia e tal com as letras SPQR:


É... eu descobri que elas são um acrônimo (encurtamento dito de um modo chique) e significam Senatus Popolusque Romanus. É o "Estado" do Império Romano. O nome da "commonwealth" deles...
Não era, como alguns pensavam, o acrônimo de Sono Pazzi Questi Romani (esses romanos são uns loucos)...


Eu tão vou apagar esse post...


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17/08/06

Então, como esse post ficou cheio de comentários engraçadinhos eu resolvi não só não apagá-lo como também reutilizá-lo várias vezes. É que eu gostei da imagem da Loreena lá em cima e resolvi deixar por mais tempo.. ^.^ Nada a ver!
Bom, taí, um post para vocês comentarem sempre, sobre... as coisas que eu descobri! Por isso olhem nele várias vezes e chequem sempre por coisas legais. Sabe como é... de repente eu começo a escrever várias coisas que estavam entaladas há dias e saem uns 4 posts seguidos (e continuo com vontade de escrever). Por isso vos apresento um post reciclado! tchrãns!

... Sim, era só isso...


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Um post feito em resposta a um post feito pela Clara n'o Fundo do Poço.

Quem sou eu?


You Were a Cougar

You are a great leader who has dominance without ego.
You are wickedly cunning and off the scale confident.



You Are Sunset

Even though you still may be young, you already feel like you've accomplished a lot in life.
And you feel free to pave your own path now, and you're not even sure where it will take you.
Maybe you'll pursue higher education in a subject you enjoy - or travel the world for a few years.
Either way, you approach life with a relaxed, open attitude. And that will take you far!



You Are

A Distressed Pumpkin Face

You would make a good pumpkin pickle.



What Your Soul Really Looks Like

You are a wanderer. You constantly long for a new adventure, challenge, or eve a completely different life.

You are a grounded person, but you also leave room for imagination and dreams. You feet may be on the ground, but you're head is in the clouds.

You believe that people see you as a bit small and insignificant. People pay more attention to you than you think.

Your near future is in a very different place (both physically and mentally) from where you are right now.

For you, love is all about caring and comfort. You couldn't fall in love with someone you didn't trust.



Your Life Path Number is 8

Your purpose in life is to help others succeed

You are both a natural leader and a natural success. You are also a great judge of character.
You have a head for business and finance. You know how to make money.
A great visionary, you can see gold where other people see nothing.

In love, you are very generous - with gifts, time, and guidance.

You love to inspire people, but it can be frustrating when they don't understand your vision.
Great success comes easily for you. But so does great failure, as you are very reckless.
You are confident, and sometimes this confidence borders on arrogance.



You Should Rule Saturn

Saturn is a mysterious planet that can rarely be seen with the naked eye.

You are perfect to rule Saturn because like its rings, you don't always follow the rules of nature.
And like Saturn, to really be able to understand you, someone delve beyond your appearance.

You are not an easy person to befriend. However, once you enter a friendship, you'll be a friend for life.
You think slowly but deeply. You only gain great understanding after a situation has past.



Your Hidden Talent

You have the natural talent of rocking the boat, thwarting the system.
And while this may not seem big, it can be.
It's people like you who serve as the catalysts to major cultural changes.
You're just a bit behind the scenes, so no one really notices.



Your Pirate Name Is...

Lord Thor



Your French Name is:

Sébastien Touchet



Your Monster Profile

Insane Demon

You Feast On: Hot Dogs

You Lurk Around In: Sewers

You Especially Like to Torment: Emo Kids



Hehehehehe!!! Emo kids are my lunch!!

sexta-feira, agosto 11, 2006

Os sonhos de Clara Mellock - quarta parte


Velho Tom cofiou seu bigode devagar, piscou os olhos algumas vezes, apoiou-se em sua mão e serviu-se um pouco de chá. Finalmente, quando Mellock já não podia mais aguentar o silêncio ele disse devagarinho:
- Lamento, não sei se poderei realmente ajudá-la. Você sabe que sou uma lembrança apenas, então nada de concreto sairá de mim.
- Eu sei, claro, eu não esperava mais, atrapalhou-se a escolhida. Queria apenas que você olhasse esse papel, ela disse, tirando uma folha amassada do bolso. Desdobrou-a com cuidado e entregou-a ao senhor sentado. Isso é seu, não é?, ela perguntou.
Tom abriu com cuidado a folha maltratada. Com uma letrinha curiosa estava escrito o seguinte:
Sonho de origem duvidosa nº103535chM: Sonho de uma grande borboleta que voava por sobre um campo e entrava no moinho. Ela passa então a devorar os sonhos e a imaginação das pessoas, que estavam estocadas no moinho. Tudo fica escuro. O som de correntes e passos domina o ambiente. Era o dia do Juízo Final, quando todos os sonhos, os mortos, reviviam e a realidade desaparecia, se tranformava em um grande pesadelo. As pessoas esqueciam-se de quem eram e do que era ou não real e passavam a usar máscaras e a falarem sozinhas como loucos.
E mais abaixo, de tinta azul:
Sonho claramente subversivo forjado por um morador da Terra dos Sonhos para criar confusão. Não passa de uma fantasia de mau gosto.
Tom deu uma longa e agradável risada.
- Sim, ele disse por fim. Isso é meu.
- E esse sonho, é verdade? Mellock perguntou curiosa, inclinando-se em sua direção.
- Sim! ele respondeu arregalando os olhos muito sério. Isso é mais do que autêntico, apesar de que ninguém lá na Torre da Memória tenha acreditado. Sonhei isso, tenho a mais pura e cristalina certeza. É meu sonho, pode confiar.
- Mas eu achei que os habitantes da Terra dos Sonhos não pudessem dormir.
Neste momente Tom recostou-se na cabeça e olhou para o céu, como que pensando em uma resposta adequada. A paisagem mudara inteiramente ao redor dos dois. De uma floresta profunda surgiu um deserto seco e áspero. Mnéias, ainda uma inofensiva mariposa, voejava mais adiante, sem dar atenção aos dois.
- Nunca nada é totalmente seguro e não se deve ter certezas demais. Muitas coias que são dadas como impossíveis são apenas coisas que ainda não acharam chance de acontecer, pois tudo o que o ser humano é capaz de imaginar é uma possibilidade no real.
- Então o senhor dormiu?
- Pode-se dizer que não, mas eu sonhei, tenho certeza.
Mellock por sua vez caiu para trás, pensativa.
Tom olhou-a sorrindo enquanto bebericava o chá.
- Não é a resposta que você esperava ouvir, não é mesmo?
- Eu só queria saber, era uma curiosidade.
- Sim eu sei. Mas você também esperava uma resposta.
- Acho que eu queria que você me mostrasse que os habitantes da Terra dos Sonhos tem também um lugar em Mnéias, que eles podem sonhar.
- Mas eles tem! adiantou-se Tom. Eu mesmo sei, porque vivi aqui como lembrança durante muito tempo. Conheço algumas mentes e segredos deste lugar.
Mellock olhou para o céu pesado, cor de chumbo. Ficou meditando longamente, balançando os pés e contemplando o horizonte.
Tom cruzou os braços e também ficou a olhar o vazio.
- Você me ajuda?, ela pediu devagar.
- Tudo o que eu ainda puder fazer.
A escolhida se levantou da pequena mesa de chá.
- Preciso encontrar uma coisa... Uma pessoa para ser exata.
A lembrança de Tom deu outra risada. Eu sei, ele disse por fim. Sei quem você procura e onde achá-la, mas saiba que a memória dela está bem fundo, debaixo da terra. Teremos que escavar para achá-la.
- Você sabe a memória que eu procuro?
Tom olhou-a, testando suas reações - Mas é claro! Sei exatamente no que está pensando... Não venha me dizer que ainda não percebeu?
Diante do olhar inquisitivo da senhora ele prosseguiu:
- Esse tempo todo você esteve me buscando, pensando em como faria para desvendar o meu segredo e a minha morte. Acontece que agora, eu que sou lembrança e pensamento, faço parte de você. Você me pensou e abriu uma porta para que eu entrasse em sua cabeça. Eu sou você Clara Mellock, mas também sou algo além. Sou uma memória que você compreendeu e um pensamento que você lembrou. Eu não sou mais Tom; agora pertenço à todos que pensarem em mim.

Pela janela você entrou, sem que eu percebesse

Diretamente do fim do mundo, das terras esquecidas e primitivas onde o tempo parou no seu início, eles chegaram....



... os prêmios!!!

Sim, meus eminentes colegas! Acharam que nunca ia chegar esse dia? Pois ele está na nossa cara, bem aqui!

A novidade dessa vez? Teremos um apresentador!! Com vocês o meu alter-ego no reino das aves: Robin P. Ássarinho!!



Esta noite o sr. Ássarinho se ocupará tentando entreter-vos com seus gorjeios. É aqui que eu me despeço... Até maais!
Robin: Obrigado Charles! Pode deixar que eu pio de agora em diante. Bem, senhoras e senhores, sem mais delongas... os piu-piu-prêmios!!!
Multidão: Ééé!!! Vai nessa!!!



Robin: Em piu-piu-primeiro lugar... temos que dar o prêmio para duas grandes competidoras que foram (diga-se de passagem) as únicas que se inscreveram e responderam corretamente as perguntas daquele concurso antiiigooo... Então, uma salva de palmas para.... Clara e Camilla!! A dupla que não é nenhum alpiste!
Clara&Camilla: Muito obrigado, valeu mesmo gente. Nós somos as melhores, respondemos tudo o que o Cham pediu! Agora queremos o nosso prêmio.
O seu prêmio será um linda HQ em que vocês são as personagens principais, desenhada por ninguém menos do que o Charles!!
Charles: Pois é! Estou começando agora mesmo. Se chama: Sobre como as duas incríveis e lindas garotas chamadas Clara e Camilla dominaram o mundo e porque nós, que não somos elas, somos lixo.
Um incrível título, sem dúvida. È assim que nascem as melhores HQs..
Clara&Camilla: Nós merecemos!! Muito bom Charles, desenhe para nós as instruções, passo a passo para a dominação mundial.

Enquanto elas se divertem vamos ver outros prêmios! Para começar, uma categoria muito respeitada:

" Oh, meus sonhos! Você os destruiu!"

Utak said:
Charlie, odeio quando você postas essas histórias, eu fico tão aflito, gostaria de ler, mas perderia horas de minha vida v.v"

Utak said (again):
Você é estranho
nao, charles voce nao pode ser um pirata... (...) na realidade se você sair por ai recrutando pessoas para acher tesouros voce vai preso...

Robin:Na verdade... acho que não!! Mas, bem... é o Ugo!!!
Multidão: Quiá, quiá, quiá, quiá!!!
Robin: Agora, outro prêmio bem concorrido, que nos faz rir desde há muito tempo. Como vencedor da categoria...
"Essa piada nunca cansa!!"
... nós temos:

Anonymous said:
O Charlie é a Enya!

Ass: hm... [olha ao seu redor para inspiração].... é... [vê uma galeria de arte] Art... Art... [vê uma antiga cidade babilônica] ...Ur! ArtUr! [percebe que resultou igual ao seu próprio nome] Droga!


Ha ha ha ha!!
Lhama: É engraçado toda vez!!!
Robin: É isso aí! Venha receber o seu prêmio senhor anônimo! O que? Ninguém sabe quem é ele?? Hum... como vamos dar esse prêmio agora? Procurem por um Art-Ur. Art-Ur! Alguém aí na platéia se chama Art-Ur?!! Ah, esqueçam, é um nome inventado! Ninguém tem um nome esquisito assim. Bem, ele vai ficar sem prêmio...
Agora, a seção favorita de alguns. A parte das maldades!!


Prêmio "Meus amigos me desejam o bem!!"

Artur said:
Charlie, no jogo [da Dokuro-chan] você é o Sakura...

Robin:Nossa, vocês querem mesmo que a cabeça do Charles continue no lugar...

Milla said:
Charles, eu te odeio!!!!!!!!!!!!!
COMO VOCÊ PODE IR EMBORA SEM ESCREVER NO PIRATE'S TALE?????? Como você teve a coragem depois de EU ter assistido Dokuro-chan???
...você sofrerá as consequências...

Robin: Quer um conselho? Foge Charles!! A Camilla é do MAL!!

Utak said:
Bom Cham, primeiro lugar:
Eu não acho mais que você seja gay

Robin: Aaaaaahh bom!! Não acha mais! Isso sim é reconfortante!

"Prêmio Verdadeiras Naturezas" - Três vencedores

Pioux said (para Charles):
sabia q vc era um esquilo!

Robin: Ôpa! Ela descobriu!!

Deus said:
Eu sou Neyleen!

Artur said:
ele podia ser bissexual...

Robin: Sim, ele podia ser bi mesmo..
Silvestre (lá atrás):
Eu tambéém!
Robin: Hãã... Ok... Então... Tirem esse cara daqui!
Agora o prêmio mais disputado! (aparentemente o favorito de vocês)


Prêmio "Coonversa louca"

Luda said (sobre uma postagem de um anônimo que se revelou ser a Clara):
Ops!! Desculpe Clara, eu achei que era o Cham, sabe como é, escrever coisas bobas!!!!!huahuahuahuahuahuahua, tô brincando, tá?

Pioux said:
e eu n te entendo u.u

Charles B. said:
E daí! A Luda usa computador!!! Precisa de mais??

P.S. - Oi Luuda!!!

cpiochi said...
hihihi
agora q eu peguei o umbigo!
^^
bah.... num gosto da ilha do céu... prefiro a dos aviões =p

Multidão: AAAAAhhhhnnnn?????
Robin: Acho que o pessoal do futuro vai ter um problemão entendendo a nossa geração!!! À propósito Clara, agora que você pegou o umbigo... não solta não! Hihihi!
Agora os outros vencedores:


Charles B. said:
Olha! Tem eco aqui.

Ugo said:
o eco tem site! eu nao ¬¬

Pioux's said:
o eco eh do mal e vai destronar o chan!

Pioux's said:
O eco é do mal e vai destronar o charles!
E ainda corrige o pertuguês!

Pioux's said:
O eco é do mal e vai destronar o charles!
E ainda corrige o português!
E vai acrescentando frases conforme o tempo passa!

Pioux's said:
clones malditos -_-

Pioux's said:
Mas eu sou azul!
=ppp blé

Charles B. said:
É... eu entendo...

Charles B. said:
É... Eu entendo...
Ihhh quem será que é o Eco?

Robin: Palmas para eles!! Reparem que a Clara consegue se divertir sozinha, não?
Agora, o prêmio de...


Jogo Favorito da Criançada

Pioux's said:
chan..... rolam boatos que você deveria atualizar... =p

Charles B. said:
Eu não acredito em boatos.

Pure said:
Rola só um pequeno detalhe:
num tem descrição da Karyn! e eu num sei quem ela é!
vc bem que podia me explicar...
definitivamente, uma parca qualidade.

Pioux's said:
pois devia
(Luke devidamente ignorado)

[enquanto isso, no profile, o Charles se torna rei do mundo]

Pioux's said:
Ohhhh senhor monarcaaaa!!
o.O
*se curvando*

Charles B. said:
*irônico*
Ha... ha... ha...
*no fundo bem feliz pela conquista mundial*

Pioux's said:
mundial entre aspas pq a minha árvore ainda é minha
*clara esquilo*

Charles B. said:
Tá bom, que tal:
"O mundo inteiro exceto a árvore feliz da Clarinha".
Porque isso eu nunca, nem com mil exércitos poderia conquistar. O ataque mostradente dela derrotaria qualquer guerreiro do mundo.

Pioux's said:
é ... eu sei ^^^
Donnnnnnn

Charles B. said:
Ahhhhh.... que fofuura!!

clara said:
blé

Pure said:
Hey!
é feio me ignorar!

Pioux's said:
eh nda... eh divertido =ppp

Charles B. said:
Com quem você tá falando Clara???

Robin: É isso aí pessoal, muito bem! Só que ainda não sei se o jogo favorito da criançada é dominar o mundo, criar conversas sem sentido ou ignorar o Luque!!! (talvz os três!)
Ahh, é uma piu-piu-pena, mas estamos no fim já!

Multidão: Aaaaaahhhhh.... *snif*
Robin: É aqui que eu me despeço. Espero que vocês tenham se divertido esta noite. E lembrem-se: Dêem o seu dinheiro para o Charles!!!
Lhama: Errr... Robin, a hipnose não funciona com eles..
Robin (fazendo biquinho fofo): Que hipnose? Eu estava só... brincando... Piu?
Lhama: Ai! Que amoooor de meninooo!!! Pegue aqui o meu dinheirinho...
Multidão apaixonada pelo passarinho: E o nosso também!!!
Robin: Obrigado pessoal! É isso, por enquanto foi só!! Muitos prêmios da próxima vez, tá bom? Não se esqueçam de comentar sempre, vocês são engraçados! Adeus, adeus! (sai voando)


FIM!

segunda-feira, agosto 07, 2006

Gwich

A xamanisa, puxou o bordado para mais perto. Continuou a mover sua agulha sem pressa, construíndo um desenho estrelado na colcha.
- Que tempestade terrível está acontecendo lá fora, ela falou para a gralha empoleirada próxima à lareira. Parece que o mundo resolveu cair em cima de nós hoje.
A ave escura piou agourenta.
- Quando a neve cai assim não há como sair de casa. Uma pena, queria tanto olhar o céu.
Gwich puxou a colcha molambenta mais para cima e se cobriu com ela.
- Nada de estrelas hoje, Galabura.
A ave olhou para a janela.
- Nada de sair para falar com os ursos também, continuou Gwich. O pico estará fechado para qualquer visitante enquanto a neve continuar.
Galabura, a gralha, começou a piar excitada, movendo rapidamente as asas para cima e para baixo.
A bruxa abriu um olho e espiou os movimentos frenéticos da ave.
- Você tem certeza de que estou errada? ela perguntou sorrindo. Você viu a tempestade lá fora, não viu? Ainda tem certeza de que há gente vindo?
O pássaro começou a voar em círculos pela pequena cabana.
- Se bem que..., começou Gwich. As estrelas estiveram estranhas esses dias. Não me surpreenderia se... Páre Galabura, faça silêncio e deixe-me pensar!
A ave continuava a se mover apressada, piando alto.
Um idéia muito perigosa dominou os pensamentos da bruxa.
- Não pode ser!, gritou Gwich. Estive assim tão distraída? Maldita tempestade, será que a hora já chegou?
Com um pulo Gwich, a xamanisa, conhecida também como Cailleach Poliahu, saltou de sua cadeira derrubando a colcha no chão. Partiu para a porta e a abriu com um puxão enérgico. O frio perfurante invadiu a pequena cabana, trazendo flocos de neve consigo.
Galabura imediatamente voou para fora e sumiu na escuridão gelada.
No chão, bem na soleira de sua porta, Gwich encontrou um homem.
Caído, com frio e tremendo, estava um senhor idoso, de óculos tortos e olhar vazio.
- É você? perguntou clamamente Gwich. Aquele que eu estava esperando?
- Meu nome... é Fren Armmad-
- Agora não., sussurrou a xamanisa, puxando-o para dentro. Colocou o homem em sua poltrona próxima ao fogo e a colcha por cima.
- Meus amigos... eles ainda... estão lá - ele apontou para fora.
- Eu sei, eu sei... ela suspirou, vestindo uma enorme pele de urso para se aquecer. Vou buscá-los, por isso fique aqui.
- Obrigado... mesmo, eu-
Gwich já saíra, sorrindo.
Achara o seu escolhido do Gelo.

Teobolt estava encolhido por cima dos garotos, tentando protegê-los do vento. À muito não sentia mais suas costas ou dedos e torceu para que Fren não demorasse.
De súbito um ruído de mau agouro cortou o barulho da nevasca. Uma grande gralha cinzenta pousou ao seu lado.
- Vá embora.. murmurou Teobolt, tão baixo que ele mesmo não se ouviu.
A ave piou.
"Isso é morrer? É essa a imagem da morte. Ela veio nos buscar."
Com determinação, ele puxou Neyleen e Myshba para mais perto de si. Não deixaria que ela os levasse.
Mizudinie pôs a mão em sua bochecha, como um sinal tranqüilizador. Depois, apontou para a direção em que Fren sumira na noite escura.
Uma enorme figura se movia devagar na neve. Parecia um grande urso peludo que se arrastava contra o vendaval, indo na direção dos viajantes.
- Fren... ele conseguiu... murmurou Mizudinie. ...Ajuda..
A gralha piou mais uma vez e a enorme figura pôs uma pata por sobre Teobolt
- Vamos, vamos... É só mais um pouco à frente. Vocês podem conseguir - dizia uma voz sobrenatural que parecia mais adequada à um espectro do que à grenade figura peluda.
- Quem é você? perguntou Foxy. Seus olhos estavam apagados e seu corpo dormente, mas ainda assim ele não confiaria em sombras misteriosas.
A figura peluda riu como uma bruxa.
- Vamos agora. Sejam bem-vindos às Terras Frias, reino de Gwich.
- É uma feiticeira... sussurrou Neyleen, sem forças.
Uma mão saiu de dentro da massa peluda e pousou no rosto da garota. Sou sim, ela disse, e fechou os olhos de Neyleen devagar. Agora durma, disse Gwich, todos vocês.. Estarão em segurança logo...
Uma canção primitiva invadiu os ouvidos de Teobolt. Um ritual de algum tipo se iniciava... O vento silenciou, o sono cresceu e uma voz cantou.
Teimando em ver se todos estavam em segurança, Teobolt lutou contra a vontade de dormir e contra a sensação de ter seu corpo sendo carregado por forças invisíveis. Sentia sempre a grande gralha do seu lado, piando baixinho. A aurora brilhava no céu. As estrelas piscavam entre a nevasca. Uma mão conduzia-os para onde não era frio.
Sem força alguma para resistir, Teobolt adormeceu.

O Sambation, o Teobolt e meu Pai

Sambation poderoso. Corre sem se findar no coração do reino dos Hrus.
Acima do poderoso palácio do Rei das Rochas está a sua nascente, de onde desce interminável um constante fluxo de pedras, cascalho, pedregulhos e rochas rolantes.
O Sambation é um rio de pedra, os Hrus são os homens-rocha. E Teobolt é um homem perdido que tinha como pai o maior ferreiro do mundo.
Ontem eu percebi o quanto eu sou parecido com meu pai.
E, ao mesmo tempo, tão diferente.
Teobolt busca o seu pai, ou a memória dele. Ao re-forjar a espada de Haccu, ao encontrar o reino perdido dos Hrus, ao domianr o Sambation que iria destruir tudo ou ao entrar na temível Montanha Negra, onde foi preso e condenado o maior ferreiro do mundo.
Caminhando pelas montanhas da grande Cordilheira central de Kyzywky, Teobolt tem que se encontrar, saber para onde vai e descobrir de onde veio. Porque as rochas tem leis muito fixas, e sua linguagem intrincada dita o mundo.
Talvez ele tenha um outro pai, talvez ele tenha um irmão orgulhoso e arrependido. Talvez Teobolt faça uma última marcha, talvez ele salve o Rei das Rochas de ser engolido pelo rio de pedras, talvez ele se esqueça de quem é.
Afinal, quem sabe que demônios atormentam aquele que se aventura no Sambation?
No fundo, eu também queria saber quem é o meu pai. Dividimos o mesmo nome e, por um tempo eu pensei, o mesmo destino. Para saber quem é meu pai e quem eu sou, tenho que aprender a linguagem das pedras e os caminhos da mão. Mas tenho medo e não sei por onde começar; as ondas são altas e o mar bravio. Ao fundo, a serra do mar domina a paisagem.
Afinal, quem sabe que demônios atormentam aquele que se aventura no Sambation?

desenhar...

Tenho várias idéias para HQs/mangás. Quer ouvir?
- Em uma delas eu e a Clara somos piratas e viajamos por várias ilhas malucas em um universo similar ao de One Piece. A que tinha a Moshy e a Marina-lôbinha, sabem? A Gamma seria um espírito da floresta nesta ilha (personagens de vários lugares se misturavam). Mas o que mais me empolgou foram os vikings. Em uma ilha nós conhecemos a Banda Desenhada, um grupo de loucos guerreiros que lutam pelo que eles acham certo em um reino governado pelo tirânico Dracul. Adoro desenhar gente louca disposta a tudo...
- Queria desenhar também uma HQ sobre o universo da pirataria. Como o filme famoso Piratas do caribe. Onde se misturam histórias reais, lendas marítmas, contextos históricos e aventura, aventura, aventura.
- Também tive uma idéia sensacional para uma curtinha (como Calvin&Hobbes, quatro/cinco quadrinhos apenas). É no estilo de coyote-persegue-papa-léguas e é sobro Oco Khan e sua trupe de mongóis tentando ultrapassar a Grande Muralha da China. Em cada mini-episódio eles tentam com foguetes, túneis subterrâneos, cavalos de madeira, exércitos ninjas e tudo o mais que a sua inventividade permitir. Mas nunca dá certo. Oco Khan volta de mãos vazias para sua tribo e adere à filosofias niilistas e entra em negação. Seria engraçado vê-lo tentar várias vezes.
- Outro legal era sobre um garoto que vive assombrado por vários fantasmas. Seria o Mike Maldito, incomodado por uma amazona louca viciada em guerra, uma velhinha surda, um gigante viking, um artista gay, ou qualquer outra assombração esdrúxula eu conseguir inventar.
- Assistindo Samurai Seven (um animê) tive a idéia de criar uma HQ/mangá sobre uma aldeia. Sobre as pessoas que moram lá e tal. E todos são meio esquisitinhos. A cada episódio o leitor ficaria conhecendo um pouco mais sobre os moradores, que não se mostram gente comum. Talvez eles até tenham problemas com bandidos e vão pedir ajuda, no estilo de Os Sete Samurais ou Vida de Inseto. Tava pensando também (como inspiração) no livro do Circo, em que os artistas se cansam do picadeiro e vão morar em um vilarejo abandonado, tendo que ser algo que nunca foram antes. Seria uma vila de gente incomum, uma história do cotidiano dessas pessoas. Com vários fashbacks e interações.


O problema é que eu não acho que vou escrever nenhuma delas. Tenho vontade sim, mas ainda não estou artisticamente maduro para fazer algo direito e decente. Não sei desenhar muitas coisas e preciso treinar cada vez mais para conseguir chegar à um patamar que me agrade no referente ao desenho de HQs. Só que meu caminho parece se desviar dos desenhos... Se alguém quiser, pode tentar realizar alguns desses sonhos aí. Só me avise primeiro...
Eu não sei se chego lá.

...

Eu gosto muito de One Piece. Acho que o Eiichiro Oda é muito bom em contar histórias em mangás. Sei lá, ele me emociona tanto. Fico com ódio dos planos terríveis do Crocodile, sinto tristeza pela morte do Hiruluk junto com o Chopper, fico com raiva do mundo que persegue a Robin, torço para que o Ruffy consiga vencer sempre e rio pra caramba das bobagens que eles fazem. Entro dentro da história muito fácil. Ou vai dizer que você não pulou uma batida do coração quando o Crocodile soltou a Bibi do topo do palácio de Alabasta e o Ruffy retornou voando bem quando você imaginava que a guerra nunca ia ter fim e que eles nunca iam salvar o reino. Esperança, cara! Quem é que consegue desenhar esperança?! O Eiichiro Oda consegue!
É só se deixar envolver.

Outra coisinha sobre One Piece: da primeira vez que eu vi o Mr.2 eu pensei "tá, ele é gay, e por isso ele usa cisnes nas costas e dança balé.... Ei! Isso é mó preconceituoso! Homem que dança balé é gay? Que injustiça. Não acho certo esse eterno esteriótipo de gay = rosa, balé, afetação excessiva. Puxa esperava mais do Eiichiro Oda!"
Mas aí a história avança e você percebe que ninguém mais liga para esteriótipos ou homofobias porque o Mr2 é LEGAL PRA CARAMBA!!! Você passa a amar ele e a querer imitar os passos de balé.. err... okama kenpo. (okama=gay em japonês). Quem liga pra homofobia quando o personagem é carismático!! O Mr2 é o mais engraçado!!!
Un!.. Deux!!.. Orrah!!! Swan Arabesque!!1
Só que ainda é divertido ver o Sanji chutar a cara dele.

...

Gosto de criar personagens baseados em nós. Queria uma vez introduzir em alguma HQ a Dupla Cogumelo, o Champinhon e a Shitake. Dois louquinhos alegres que corriam por aí espionando os outros.

...

Eu queria um dia escrever uma história em quadrinhos... Não sei qual ou quando. Na verdade eu fico meio triste porque acho justamente que não vai acontecer. Sei lá... parece meio fora do meu caminho... Já tenho muitas coisas pra fazer e objetivos, não consigo adiionar mais um. O pior é que eu realmente adoro desenhar e queria me tornar um bom HQzista (se existir uma palavra melhor para essa profissão me avisem).
Eu já vou ser pirata, historiador e escritor. Será que não caberia desenhista aí também? ...Eu pensei em ilustar algumas partes do Krystalian. Ah, me desculpem, eu disse ilustrar? eu quis dizer desenhar. Sim, ao invés de prosa, desenhos. Acho que tem muitas partes que são um bocado visuais e que seriam bem divertidas se fossem desenhadas. Isso parece divertido (para mim, pelo menos). Já pensaram? Um livro que tem partes desenhadas (não ilustradas, desenhadas mesmo). (Ele ainda não existe na minha vida, mas eu tenho certeza que o meu editor vai me odiar)

Eu gostaria de escrever uma HQ...
Direito, bem desenhada e com uma história envolvente.
Queria desenhar uma One Piece da vida... Mas acho que precisaria de mais uma existência além desta vida para fazer tudo o que eu quero.

...

Bolar histórias sobre vikings é o que há! Grandes guerreiros destemidos e impulsivos cheios de armas e risadas hõhôhõ! Acho que sinto a mesma coisa que o Goscinny e o Uderzo, imaginando um pessoal louco e rebelde, que faziam o que lhes vinha à telha. Bem, se você pensar é uma grande crítica do mundo. O desejo é libertador; a vontade e os sonhos hão de criar um caminho, provocando mudanças no mundo.
Ao fim e ao cabo, é isso que eu quero dizer pras pessoas com tudo isso.

domingo, agosto 06, 2006

Deixem-me contar o meu desejo.

Ele é mais ou menos assim:
Queria colocar um comentário no blog da Marina
O único, solitário comentário do post.
E ele seria só "Au!".
E todos veriam na tela:
"Alguém latiu ao longe".

Absoluto

Eu não sou o Haccu.

Uso esse nome como pseudônimo às vezes, mas Haccu não sou eu dentro do Krystalian.
Mentira!... Ou melhor: meia-verdade. Eu sou muito o Haccu. Muito de mim está nele. Muito do que eu quis ser e fazer está nele. Mas de modo algum eu sou apenas o Haccu.
Sou todos os personagens. E ao mesmo tempo sou algo diferente.
Mellock tem hábitos e sonhos meus, Gamma se irrita como eu me irrito, Neyleen é chata, Fren é racional, o coração de Etlyr pula quando ela pensa em outros lugares acima do céu, Mizudinie anseia pelo mar, tudo como acontece comigo. Eles saíram de dentro de mim, eles são como eu. Senti tudo. A Perdição, a Esperança, a Redenção.
Nunca poderia falar do desespero de Gamma na caverna se não o conhecesse. Ao menos é o que eu penso. Não poderia falar de algo (ou pelo menos falar corretamente de algo) desconhecido. Nem que seja desejado.

Então eu sou Haccu.
Eu sou Sark.
Eu matei muita gente. Eu conheci o mundo.
Tudo sou eu.
Absoluto.

H. Sark

Não sei o que dizer...

(Me sinto um traidor. Tanto esforço para esquecer ignorado. Tantas vezes um mesmo trabalho reiniciado.)

Sombra e Luz
Não importa muito qual caminho escolher. O sofrimento é eterno. A dor é pungente.
Nunca mais esquecer o que foi.

Helena.

Isso é assim mesmo. Nunca vai ficar certo, nunca vai endireitar, não adianta, tentar é bobagem, eu avisei, desista, o olho não aparece mesmo, deixa como está, eu quero assim.

.

O Charles enlouqueceu. Podem reparar nos últimos posts.

" - Tenho medo também, sabe? Medo de que me apaixonar seja uma escolha muito, muito estúpida. Talvez seja mesmo, por natureza.
- Não diga assim.
- Digo sim. Não me importo.
- Você sabe que ela quer gostar de você também - suspirou Etlyr - Ela está muito triste, sofre demais com o que os outros fazem. Você podia esquecer um pouco de si mesmo e ajudá-la.
- Querer querer não é suficiente. O medo de uma nova queda é grande. Não consigo me arriscar sabendo que, se errar, terei de sofrer outra desilusão.
- Você é um bobo.
- ...Como?
- Não devia ter medo disso. O que você deveria fazer é protegê-la de seus medos.
Ele inspirou devagar, suspirando.
- Acho que... já não há muita escolha. "

Quantos tigres cabem em uma biblioteca?

Sabe... o Sambation pára nos sábados. Fica completamente imóvel e silencioso. Nem uma pedra ou cascalho ousa rolar por sua borda. Parado.
Hoje é sábado, e daqui eu posso contemplar as rochas inertes no seu leito. É um bocado assustador imaginar que esse gigante esteja dormindo, quase como se ele, na verdade, espreitasse. Sorrindo ele finge parar, apenas para atrair os viajantes até sua armadilha de pedras. Eu olho o Sambation. Ele me olha magnânimo de volta.
Quantas almas repousam em seu fundo?

Lago das sombras. Sark olha no lago das sombras. Sark olha sua alma no lago das sombras. Sark morre quando olha sua alma no lago das sombras. Myshba sabe que Sark morre quando olha sua alma no lago das sombras. Myshba tenta impedí-lo, porque sabe que Sark morre quando olha sua alma no lago das sombras. Mas chega tarde demais.

"O Acaso é o Decisor universal - suspirou o Patriarca de Everon, pensativo - Ninguém discute o resultado da moeda."

H. Sark era uma pessoa infeliz. Até que um dia resolveu matar 150 homens.

sexta-feira, agosto 04, 2006

Estou feliz, sabia?

O dia de hoje foi gostoso e mais quente que os últimos. Se os meus olhos já não estivessem fechando de sono eu faria um post mais decente.

Frio, Fren, neve.

"- Não vai dar para segurar por muito tempo! - gritou Teobolt, desesperado, quase às lágrimas - Minhas mãos congelaram, não sinto mais extremidade alguma do meu corpo. Estou dizendo Fren, a corda não vai agüentar!
- Mas a cabana está logo ali, tenho certeza! - uivou Fren por sobre a nevasca - Por favor, temos que avançar só mais um pouco.
- Os garotos não aguentam mais, estão caindo zonzos em todos os buracos.
- E você espera o quê?! - exasperou-se o cientista - Que voltemos tudo de novo? Não há mais caminho! Ou você acha que seremos capazer de encontrar a trilha montanha abaixo nesta tempestade? Que droga, não temos opção!
Teobolt teve vontade de dizer-lhe que o que achava era que nunca deveriam ter vindo em primeiro lugar, mas em respeito à amizade calou-se consternado e zangado. Puxou Neyleen para cima e ajudou Myshba a ultrapassar uma rocha.
Fren apertou os olhos e rezou para deus nenhum. Um pequeno vislumbre da luz era tudo o que queria. Sairem da nevasca e salvarem-se; nada mais, por favor.
- Fren! Temos que continuar a andar - gritou Foxy lá de trás - Para qual lado?
- Com mil demônios! - praguejou o cientista deseperado - Se eu soubesse não estaríamos aqui! Que grande decepção, que falha, que péssima situação. Me desculpem. Fui um tolo por achar que conseguiríamos e guiei a todos para a morte certa no meio da neve.
Hoshy apoiou-se no ombro do velho companheiro - A gente vai seguir em frente e ver o que tem lá. Algum abrigo há de existir, qualquer coisa.
- Quem sabe perto daquelas rochas - gritou Teobolt, protegendo Myshba do vento com seu corpo - Não podemos parar! Lembrem-se do que o cabanês nos disse.
Os pés pesados, a neve fofa atrapalhando, os músculos doloridos. Exaustos eles prosseguiram além do que eram capazes."

texto velho...

Estou vendo Tv agora... Olha só:
"Enfermeiro, na ambulância - Sim, é um grande exercício físico... Vocês não vão acreditar se eu disser, mas antes eu costumava ser mais... cheinho...
Garota sem-noção - Uhhh... sei... me fala mais. Eu adoro um exercício..
Enfermeiro - É... meus ex-namorado também...
Garota - Ahhh... então quer dizer que você está solteiro..."

- Conto de floresta, canto da mata.
Boa noite à todos.

quarta-feira, agosto 02, 2006

11 - A Mentira

Você disse azul, eu disse gigante visível.

Sentamos, sem saber, no mesmo banco da praça. Algumas horas de diferença (ou seriam anos e anos perdidos?). Como a água que olha as árvores, como o mar que admira o céu de estrelas.

Nunca mais te abandonar. Não vou embora. Quando for te levo junto.

Eu menti, esqueça as cartas.
Hoje senti meu coração morrer de amor.


Amanhã. Siga a núvem que tem a forma de uma fênix.