sexta-feira, março 20, 2009

Vocês já sabem o que fazer

Bem, a editora Conrad está se unindo a uma marca maior. Devido à instabilidade de tudo isso, alguns mangás menores serão interrompidos e outros ficarão um bom tempo sem aparecer nas bancas.
Vocês, sendo pessoas muito sensatas e razoáveis, já sabem o que devem fazer:

http://www.onemanga.com/One_Piece/

Continuar a ler o melhor mangá do mundo na internet, é claro.

( )

Tudo desabou de repente. Peguei meus filhos na mão, até o bebê, e corremos. Era tudo muito rápido, eu tropecei, o bebê bateu a cabeça no chão. Estava tudo muito escuro e não podíamos ver nada enquanto a gente corria para cima do morro. E a lama e a chuva caíam, tudo deslizava. A gente gritava que o mundo estava acabando e parecia mesmo; era tudo muito escuro.

quinta-feira, março 19, 2009

genealogia draconae

O primeiro dragão foi também chamado de o Primeiro Rei Dragão. Dele, nada sabemos. Nem seu nome, sua cor ou se tinha sexo. Diz-se dele que antecedia até mesmo a criação, e que foi um dos caminhos pelos quais os deuses fizeram o mundo.
Então veio a Mãe. Ela foi a criadora ancestral de todos os dragões, geradora de incontáveis filhos. Ela é por muitos considerada a primeira da espécie e nunca reinvindicou para si, embora pudesse, a Coroa. Desposou seu filho, Shaër, o Magnífico, e este sim teve o título de Rei Dragão.
Shaër, o Poder Encarnado; Shaër, o Asa da Morte; Shaër, o Vislumbre Excessivo. Dizia-se que eram necessários todos os adjetivos para descrevê-lo. Reinou durante séculos com seus três filhos, para quem pretendia passar a Coroa quando um deles o derrotasse.
Para sua tristeza, Shaër acabou perdendo tudo. Seus filhos foram mortos um por um. Por fim, quando seu filho mais novo e mais querido, Bérull, mergulhou no oceano de luz e nunca mais foi visto, Shaër, já muito velho e triste, perdeu as forças e foi derrotado vergonhosamente por um dragão chamado Shaitan, seu bisneto. Cedendo aos sussurros de sua esposa Tiamat, Shaitan reinvindicou para si a Coroa, iniciando um reinado assombroso no qual os dragoes eram encorajados a materem outras espécies.
Foi eventualmente destronado por seu pai, Gouldan. Shaitan e Tiamat foram trancados em um abismo sem fundo, e ali deveriam morar até que o mundo se acabasse.
Os dragões neste momento estavam às voltas com o problema dos humanos e alguns apreciavam muito as políticas cruéis de Shaitan. Para obrigarem Gouldan a resolver o problema que ele tinha criado ao deixar o trono vazio deram a ela a Coroa e o famoso dragão dourado se tornou o quarto Rei Dragão.
Ele iniciou uma era de paz e retiro, no qual os dragões e humanos romperiam relações. Este foi o momento em que os grandes dragões se espalharam pelo mundo e passaram a viver em locais ermos e desabitados. Gouldan se casou com Cálian, o dragão prateado e seu reinado é sempre lembrado como a época da bem-aventurança.
A época da bem-aventurança terminou com a chegada de Donfur, um dragão antigo mas ainda assim pouco conhecido. Com a justeza de um guerreiro, Donfur desafiou Gouldan para um duelo e venceu, tomando para si a Coroa e o reinado.
Donfur não era um dragão cruel, mas entendia bem o balanço do mundo. Por isso ele retirou dos dragões as proibições à guerra e à matarem. Muitos dos antigos estavam insatisfeitos com o longo tempo que perderam na paz, com unhas crescendo e dentes apodrecendo, e louvaram Donfur como o Rei Combatente.
Quando os deuses foram aprisionados, Donfur o foi também. Quando os deuses foram soltos, Donfur voou de novo para seu palácio.
Mas os anos do cativeiro lhe pesaram muito e ele foi derrotado por um dragão verde mais jovem: Schirk. Como um guerreiro que sabe a hora de se retirar, Donfur exilou-se do palácio e ainda vive nos campos brancos da ilha dos dragões.
Atualmente é Schirk quem reina no topo da Cordilheira Vertebral, esperando por um desafiante que lhe retire a Coroa.

Sark 5 - O Engôdo

Para proteger Penélope eu deveria atrair toda a atenção da Torre. Se eles estavam atrás do Escolhido para destruí-lo eu não podia de modo algum deixá-los pensar que ela era a mulher que podia falar com as sombras, e nem sequer podiam pensar que eu estava escondendo algo.
Fui eu justamente o escolhido para realizar a missão. Teria que, eventualmente, encontrar alguém para entregar à Torre, ou Penélope viveria sua vida interia escondida na vila em que deixei-a.
Foi por isso que inventei William Blight.

(...)


O aposento estava quase todo coberto por uma camada de poeira. Somente a cadeira e a escrivaninha, por serem mais usadas, estavam um pouco mais limpas.

(...)

Não se pode facilmente imaginar o peso de seiscentas folhas febrilmente preenchidas por um louco. Na sala escura eu devo ter enlouquecido e decidido que aqueles dias terríveis haviam acabado, porque eu virei uma coisa só, eu era uma idéia:
Preciso ver Penélope!
E William Blight entrou. Sua jaqueta tinha a mesma cor que o pó da sala, sua barba era grande e desalinhada e seu rosto evidenciava um homem destruído.
Nos olhamos por um tempo, sua boca abriu para emitir surpresa e eu o matei.
Depois de ouvir o corpo cair, saí correndo da casa.

Penélope 6 - O Fim para Penélope Noite

Vejo muitas folhas caindo pela janela. Tenho medo que o inverno chegue rápido demais e forte demais, por isso observo com cuidado a árvore ao lado de minha janela. Quero ver quando será o instante exato, quando a folha precisa me avise que começaram as nevascas e as estradas se fecharão.
Memorizo cada detalhe de seu tronco. Tento manter um registro mental de cada folha - é difícil, são tantas. Cada vez que uma delas cai, observo-a planar lenta até o chão e reparo na sombra que ela cria. Sempre leio na sombra um nome.
Nunca chamam por mim. Mas chamam por alguém.
Às vezes imagino que são os nomes secretos das folhas - seus últimos suspiros; às vezes penso que são os nomes de pessoas que morreram neste exato instante. Não reconheço nenhum. Ainda bem.

Pátroclo está cada vez mais preocupado. Meu marido exigiu que ele tomasse conta de mim e

Epolenep me disse: - Para a salvação ou a perdição, só te resta esperar. e foi a pior resposta que eu poderia receber. Nos separamos. Ela seria livre, depois que realizasse meu último pedido: que entregasse à Henry a única coisa verdadeiramente importante que me sobrara. Minha vida. Meu destino, minha história. Onde quer que ele estivesse, ele teria que continuar para mim quem eu era, pois o fim já me batia à porta. Ele seria Escolhido em meu lugar, estava lúcida da maldição que lhe legava. Tudo ao mesmo tempo, me despedi das coisas que conhecia e sentei para ver o mar. Enfim, bateram na porta...
Sem sombra, sem redenção.


Noite, logo depois noite. Por quanto tempo e por quantas vidas teríamos que esperar? Eu sozinha. Em um quarto em que, mesmo diante de uma vela acesa, eu não produzia uma imagem. Fui deixada para trás - o céu era de um vermelho noturno, da cor da guerra quando chega até onde estamos.
Neste momento esperei. Parecia que eu não tinha feito outra coisa em minha vida.
Sobraram-me apenas as três perguntas que enumerei durante minha vida:
1 - É possível saber o outro? Por palavras, por ações, é possível conhecer verdadeiramente outro ser humano?
2 - Onde estão os limites? Existem? Qual é a linha misteriosa e invisível que separa o dia da noite, eu de você, o objeto de seu fim?
e, por último:
3 - O que fiz de errado?

Por que minha vida não aconteceu? Por que não fui Escolhida, não fui esposa, não fui uma pessoa que existiu e realizou e teve sonhos? Foi por causa da guerra e da destruição geral? Bobagem, creio que não podemos culpar os tempos, nem a existência de Torres. Foi então Sark? Foi seu mêdo, sua ausência, que me destruiu? Eu teria sido feliz sem ele? Se escolhi viver com ele e amá-lo, como posso culpá-lo por não resolver meus problemas? Talvez tenha que culpar-me por não ajudá-lo, por também ter mêdo e ausentar-me.
Então o que sobra? Foi a voz que me fez ser Escolhida e abandonar minha vida? Mas então por que também não construí uma vida como Escolhida, por que nisso também falhei?
Esperei, imaginei, conheci algumas coisas e no fim nada parece ter acontecido comigo. Fui transformada em uma sombra com pouca vida e talvez tenha sido culpa minha que não soube - apenas agora - pedir ajuda. Na cidade vermelha e escura. Morrerei sozinha.
Há um limiar que cruzo agora. Chegou a hora do fim. Não poderão compreender a sensação de terminar, de deixar para trás o medo e a esperança e sumir da visão de Deus; isto é o que acontece comigo agora.
batem na porta.





A cadeira. A escada. Sem minha sombra pareço ter perdido o dom das palavras. Vou me esforçar ao máximo para contar o fim de Penélope:
Ela termina quando se levanta e vai atender ao chamado insistente e mesmo violento que bate à porta. Ela não sabe se é um grupo de policiais furiosos, emissários da Torre terminando enfim a perseguição ou algum louco da guerra. Mas o homem que está do outro lado não é nenhum destes. Ela nunca o viu antes.

- Meu nome é Haccu, ele diz.
Mas é mentira. Seria bom se terminasse assim, mas esta não é a história que eu preciso contar. Nesta história o homem também veste uma espada pendurada ao ombro, mas ele não está ali para levá-la à Henry Sark.
- Meu nome é Haramis Mictian, e estou aqui para levá-la embora. Vou te salvar como ultimo favor que faço ao meu discípulo imbecil que perdeu seu rumo.
A sombra dele não dizia nada.
O caderno que conta sua história ficou em cima da mesa. Claro, ele não poderia seguir além do fim.
Ela foi com ele pela noite clara e assustadora.
Cruzaram a guerra e os campos como em um sonho. Depois de várias noites chegaram na Casa onde o mundo termina.

sábado, março 14, 2009

?

E quando você olha em volta e só vê coisa morta?
Se você ao menos fosse um pouquinho diferente saberia ler os segredos, decifrar os códigos, abrir as portas e encontrar tudo do outro lado.
Floresceriam então as borboletas. Multiplicariam os líquens-de-cores por todas as paredes. O ar úmido e satisfeito entraria em seu pulmão...
Por que não deixas as estações seguirem seu caminho?
Por que impedes a roda de girar?
Por que não renasce em algum outono colorido, usando outra máscara, outra vida, outro jogo?
Para se cansar novamente. Para desistir novamente.
Para seguir a canção, mas não entendê-la.

sexta-feira, março 13, 2009

Aviso Importante

Caros leitores, vocês devem assistir a esse espetáculo:
"Beatles em um Céu de Diamantes."



Sobre o que? Bom, na verdade todo o "texto" da peça são músicas dos Beatles. Eu não queria falar muito sobre como funciona, mas é basicamente um grande show musical. E é mutio bom. Muito bom. Não sei nem como dizer isso, mas... vale muito a pena assistir.


Fica aí a dica para quem quiser saber mais:

http://www.beatlesnumceudediamantes.com.br/
Onde?
Teatro das Artes
Shopping Eldorado
Avenida Rebouças, 3.970 - Pinheiros I
Telefone: (11) 4003 2330
Quando?
Sextas às 21h30
Sábados às 19h e 21h30
Domingos às 19h


Mas é sério, assistam. Assistam.
De verdade, assistam.
...

Assistam!!

quinta-feira, março 12, 2009

Descobrindo

Cai a chuva e ela é doce.
O sonho voa até bem longe, até as costas suaves do sul da Espanha, onde o mar e as pedras conversam durante a noite.

Ao se aproximar da cascata ele começou a ouvir os sapos e pererecas, rindo e coaxando na lagoa. Ele via uma hora ou outra o rápido movimento dos enxames de libélulas, dardejando pelas altas plantas aquáticas. A gruta estava lá, esperando por ele atrás da água da cascata.
Era sua imaginação ou ele ouvia um murmúrio vindo de dentro?
Seguiu os azulejos brancos dispostos na margem. Entrou na escuridão cálida e macia, detrás da água. O som dos sapos foi se afastando, afastando... E estava em uma gruta dentro da gruta.
No centro da sala, uma mesa. Em cima da mesa uma lamparina. A luz era fraca e amarelada, mas a casa era pequena. Esperando por ele estava a Iara. A feiticeira que já dispunha as cartas em cima da mesa e sorria.
- Olá.
Ele acenou com a cabeça.
- Sente-se, ela pediu. Apontava para o outro lado da mesa, através da lamparina. Ele caminhou bem devagar até a segunda cadeira. O som de seus pés nos azulejos brancos ecoava dentro da gruta.
Sentou-se. E pela primeira vez reparou em como os seus cabelos eram compridos.

terça-feira, março 10, 2009

Descobertos

Jane sabia melhor que todos os outros que para andar sem fazer barulho era preciso ter paciência. Por isso ela entrara na casa escura com quatro horas de antecedência. Assim ela poderia andar em paz por todo o terreno, sem se preocupar em agir rapidamente, sem ter que fazer barulhos desnecessários. Quando os outros viessem, com seus empurrões e resmungos, ela já estaria pronta. Quem sabe até, Jane pensou com um sorriso, já teria terminado tudo.
Demorou uma hora para atravessar o jardim e o pátio interno. No lago, pequenas libélulas voavam. Nem sua respiração ou seu coração faziam ruído.
Caminhou até dentro do quarto. O homem nunca percebeu que ela abriu e fechou a porta. Jane passou os dedos pelo cabelo e esperou o momento perfeito para chegar ao lado da cama. Sua passagem não seria notada por ninguém. Não haveria nenhuma impressão digital nas maçanetas, as libélulas nunca notaram que ela caminhava, as câmeras internas nunca se deram conta de sua lenta passagem pela casa, como se Jane fosse tão lenta que se confundisse com as montanhas no fundo ou a paisagem que se via nas janelas.
Jane se abaixou diante do homem dormindo na cama. Reparou na forma incomum que suas orelhas tinham, tão cheias de curvas e reentrâncias.
- Viemos buscar você - ela disse e apenas a respiração dele se modificou, tornando-se um pouco mais veloz.
Jane teve tempo de observar seu rosto com vagar. As veias na cabeça do homem pulsavam lentamente, mostrando que ele estava relaxado. Os olhos se moviam de um lado a outro dentro das pálpebras.
- Viemos buscar você - ela repetiu, com um pouco mais de ênfase, com os dois tons, de brincadeira e de dever, misturados na voz.
Um leve crepitar no gramado lá fora. Foi o suficiente para ela saber que os outros chegaram.
- Vamos, temos que ir logo - ela disse, agora com impaciência, pois não queria ver sua glória estragada pelos estabanados. Ela não estivera caminhando a noite inteira para ser surpreendida antes de conseguir acordá-lo. Por isso ela agora usava um tom de voz audível, comandatório.
- Nós viamos buscar você. Vista-se e acompanhe-nos.
Ele abriu um olho e Jane viu um resto de sonho escapar por ali.
Segurou seus braços e puxou-o de leve para suas costas, sem precisar fazer força alguma. Carregou-o nas costas, mesmo que ele gritasse e esperneasse e tentasse fazer de tudo para se libertar. Chegou lá fora e depositou-o aos pés do líder.
- Aqui está, já fiz tudo.
Olharam para ela com surpresa.

segunda-feira, março 02, 2009

Descobertas

Estava procurando músicas na internet quando achei algo curioso:
Aparentemente uma compositora chamada Ashley MacIsaac (que fez uma música para Celtic Tides, um CD de... hã, música celta, do qual eu gosto muito) havia composto também uma música para... Bleach!
Fui procurar melhor na internet e descobri três coisas:

1 - Ashley MacIsaac é um homem.
2 - Ele não havia composto para Bleach. Ao contrário, o desenhista Tite Kubo elegeu, em algumas edições, músicas-temas para os personagens do mangá, a partir de músicas que ele mesmo conhecia e gostava, só de diversão. E ele havia escolhido para representar a Rukya uma música feita pelo Ashley MacIsaac. Interessante, não?
3 - Ashley MacIsaac é primo da Natalie MacMaster (outra compositora da qual eu gosto muito, que também tem uma música no CD Celtic Tides)!! E também: a moça que canta a música composta pelo Ashley é Mary Jane Lamond, cantora de "É Horo", que é outra música do CD... Celtic Tides!

puxa, como o mundo da música celta é pequeno....