sábado, outubro 28, 2006

E.

E quando a tempestado se abriu enorme, afastando com suas mãos de gigante as nuvens cinzentas e pesadas, uma grande visão nos conquistou: era a maior luz do céu, era o brilho múltiplo e repousante do arco-íris, ou o fogo feroz dos últimos dias do mundo dividindo com o azul elétrico dos primeiros o céu em tempestade.
E a humanidade? E as pequenas cidades que sobraram espalhadas nas distâncias eternas?
Em algum lugar sobrava um tesouro. Mas até quando um tesouro assim pode ser definido? O que coloca nas coisas importância?
Algo acabava, finalmente.
Em pequenos gestos, que não significavam mais nada, coloquei a chaleira por cima da toalha, altamente derrotado. Parávamos então de usar as letras para nos comunicar. A ecrita não mais servia, ou mesmo a fala. Estávamos firmemente separados.
O céu continuava a rugir múltiplo, como se quisesse juntar todos os seus dias em um só. Baixamos a cabeça e deitamos desolados na encosta verde da colina.
Pássaros, abelhas, árvores tocadas pelo vento.
As nossas memórias se acabaram, estávamos sendo esvaziados aos poucos. Sem lembranças, sem quem éramos, sem humano. Nada mais de escola, casa, livro, Deus, ponto, nada, coisa, feliz, bicho, bonito. Tudo sumia no rugido lento do universo.
Tudo éramos.
E nada mais como se antes. O fogo violava entranhas da . Mundo sem , com
vibrações emanadas, , logo. Apenas

E somente

Cheio de , caco de vidro
vontade baboseira

Risada , quando era .Infinito

. . .
Quase nada, nada



E se





. . .

6 comentários:

Charles Bosworth disse...

Hum... é isso o que dá escrever coisas sem pensar antes.. Só.. deixar cair no tecado uma frase que surgiu do nada e assim por diante ir seguindo a história recém-formada.

Saiba o que é.
(isso não quis dizer nada, só tive vontade de pôr aí)

Ozzer Seimsisk disse...

...

silêncio?

Charles Bosworth disse...

Não, vermelho.

Ozzer Seimsisk disse...

vermelho?! acho que não.

Utak disse...

É por isso que eu acho que vocês são estranhos....

Charles Bosworth disse...

Ah, eu vi vermelho.... Me desculpe.. Plin!