quinta-feira, junho 14, 2007

Conclusões posteriores a um olhar sobre as Cartas - Tentando montar o mundo e ver a Deus


(Ahoy)

Espalhei todas as cartas no chão, tentando uní-las aos símbolos que recortara no papel. Seria esse o quebra-cabeças do mundo? Se montado, eu teria todas as respostas e todos os signos que compõem a totalidade das histórias possíveis?
Parecia difícil que aquelas cartas intercladas com a Árvore da Vida pudessem providenciar o Resultado. Mas tentei não duvidar; aqueles que tinham composto os símbolos tiveram todas as suas histórias retratadas. Os elementos que eu tentava montar tinham servido para eles.
Por outro lado, a Humanidade é tão extensa que imagino que aqueles que morem do outro lado do globo tenham pouca relação com nossos baralhos e nossos espíritos. Talvez eles tenham seus próprios mecanismos de compor destinos, que são, de algum modo misterioso e natural, análogos aos nossos.
Por isso me inclinei sobre a mesa e compûs o Significado, alterando cartas e manifestações do mundo.
Foi só depois que terminei de montar que percebi meu erro: todos os destinos humanos não estavam na forma que acabara de compor. Isso, por si só já era uma (ou mais, dependendo do olhar) história(s). A minha quem sabe?
Os destinos humanos estavam, isso sim, no baralho fechado e misturado. Quando as cartas ainda não foram dadas e se juntam em ordem desconhecida no maço. O prórpio ato de dar cartas e montar um jogo é construtor: as possibilidades residem quando ainda não há, na substância que dorme, na mistura primordial.
E nunca teremos acesso a essa fonte de destinos?
Onde está a tabela que explica o mundo? Montado o quebra-cabeça, resolvido o enigma.
Nesse ponto, todas as cartas e sephirots nos enganam: não se deve confiar em quem não nos permite visitar o misterio ainda embaralhado.
Onde encontrar a resposta? Ou, pensando junto a Douglas Adams, quem sabe antes devemos ter bem resolvido qual é a Pergunta que queremos respondida

Um comentário:

Charles Bosworth disse...

A figura não tem nada a ver com o texto. Mas é algo que eu queria fazer nesse esforço de construir uma tabela que explique o mundo e contenha todos os símbolos e essências, por assim dizer.
A figura é um desenho de um cara que misturou os hexagramas do I-Ching com a Àrvore da Vida da cabala.
Ela é a ilustração perfeita, eu acho. Sempre quis desenhar algo assim.