As brumas cobriram a cidade e a chuva caiu. Ele subia o rio como se atravessasse uma comprida cortina, de tão forte que era a água caindo. Ao redor da canoa, a água estava imóvel onde não caiam gotas, todas as ondulações e correntes desapareciam da superfície.
Olhou para as árvores e desejou se refugiar embaixo de suas copas.
Ainda tentou usar o remo quebrado, mesmo sabendo que era inútil.
Preparou-se para entrar na cidade. Não seria visto por trás das portas fechadas e da neblina úmida.
Sentiu vontade de dizer algo em voz algo, algo verdadeiro e belo.
"Estou cansado. Gostaria que tudo fosse mais fácil mas não é. Estou atravessando a cidade no meio da bruma e da chuva caindo. Não é uma tempestade. Não é a felicidade."
terça-feira, junho 16, 2009
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3 comentários:
É. Isso foi especialmente belo.
É. Mas há quem diga que a felicidade se segue à tormenta... Cuidado! É preciso reconhecer a felicidade quando ela chega, quando a tiver encontrado. Não fazê-lo é um dos piores e mais freqüentes erros.
=)
se é que eu entendi, eu gostei bastante.
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