No final do verão, no auge do calor e do incêndio da guerra civil,
muito perto da porta final e do coração de magma de sua aventura, o escolhido caiu exausto sobre o caminho de azulejos migorãnicos sem energia para sequer se levantar. Estava, nesse momento e depois de tantas atribulações, no centro de um vulcão que começava a espumar os primeiros jorros de lava.
E só corria tantos perigos porque um espírito havia dito a ele que era o Escolhido. E era missão do escolhido ajudar a promover a paz e a felicidade, ou, para não querer tanto, ao menos tornar a vida humana um pouco menos cheia de defeitos. Acabaria com o sofrimento dos outros. Sim, seria altruísta a ponto de se sacrificar pelos outros, que fique bem claro, esse era seu propósito heróico, e também sua razão para se levantar, apoiando-se nos raros azulejos de Migorãn e andar esgotado os poucos passos entre si e a porta onde desembocaria e terminaria sua aventura, isto é, se ainda tivesse alguma força. Desesperado, continuou caído no chão. Levante-se, pensava; você tem que levantar.
Porque parecia a coisa certa a se fazer.
sábado, junho 28, 2008
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