quinta-feira, julho 09, 2009

As casas ruíam em silêncio. Os prédios desmoronavam devagar. Tudo era engolido por uma escuridão que dispensava a memória.
A medida que andava pelos lugares, tinha a consciência de que nunca passaria por lá novamente, engolidos que eram pelas trevas.
Os homens, os cães, as calçadas petrificadas. As árvores mortas e mutiladas pelos homens da prefeitura. Enquanto andava sentia a ruína das coisas do mundo.
Chegou em casa e se pôs a procurar por um papel. Era uma prova de que tudo aquilo havia existido, que todos aqueles engolidos haviam respirado. O tempo, menino. Não se procura o tempo. Não está nos bolsos, nos armários, nos casacos pendurados, nos compartimentos secretos, nas fileiras de cadernos, nas dobras da cortina, nos muros pintados ou atrás das pilhas e pilhas de livros.

Enquanto isso, lá no mar, o jovem que queria ser o rei dos piratas falou:
"Eu não quero conquistar nada. Eu só acredito que o rei dos piratas é o homem com mais liberdade no mundo."


Até pessoal!

2 comentários:

Everton Natividade disse...

então é essa a essência da idéia de pirata que te move? i can see clearly now... =O)

Pioux's disse...

estou tentando preparar algo.... não suma!