Estava esperando esse dia chegar. Não teria imaginado que seria hoje... Hoje percebi lentamente que algo acabara. Terminou.
Hoje voltei a suspirar tristemente. Acho que o mundo deu uma volta e a dor foi embora. O sofrimento foi embora. Isso é bom. Se não fosse esse vazio que ficou pra trás.
Tem um vazio dentro de mim. E ele existe faz tempo. E eu só percebi agora.
"No Belchir, amigo, não soube escolher.
Cuidado então para não se perder."
Perdição. É isso que vejo na minha frente. Escura e assustadora. O sofrimento foi embora, sobrou o vazio. E agora, fazer o que?
Seguir em frente, entrar na neblina...
.....
Saudades, né? Acho que foi isso que sobrou...
If I was a blackbird...
sexta-feira, março 31, 2006
quinta-feira, março 30, 2006
Participem do Movimento!
Façam parte do Movimento anti-morte da rainha Elizabeth. É o seguinte: ela não pode morrer.
Ok, parece loucura, mas... Imaginem um mundo onde não há uma Rainha da Inglaterra. Terrível, não? Rei não serve, tem que ser Ela, a tal, a bambambã, a única. Imagina se ela morre e a gente tem um Rei? Um Rei! Nada a ver!
Dá pra perceber o choque de gerações que isso causaria? Imagine o diálogo entre mãe e filho:
- Mãe, eu sou um super-herói!
- Ah tá filho, e eu sou a rainha da Inglaterra!
O filho olha indagativo para a mãe, estranhando o comentário - Como assim mãe? A Inglaterra tem um Rei... - E a mãe: - Eu sei filho, eu sei; mas é que na minha época tinha uma Rainha na Inglaterra.
O garoto ri - Até parece! E eu era o Rei da Inglaterra!
- Era assim que a gente falava. Só que como era uma Rainha a gente falava em Rainha.
- Hã-ham... - diz o garoto, cético - E essa rainha era você?
- Estou falando sério meu filho! - ela reclama. - Claro mãe, claro!Mas foi você quem disse que era a Rainha.
- Era uma expressão!! Como você usa, só que se dizia Rainha da Inglaterra.
- Mas a Inglaterra tem um Rei...
- Antes era uma Rainha! A gente dizia rainha!! Elizabeth! Ela se chamava Elizabeth! - a mãe grita.
- Certo. E eu era o Rei....
Então taí. Ela não pode morrer. Não dá! Seria quase como se... o Fidel Castro morresse! O Cataclisma, mudança de uma Era, caos!! Participem do movimento! (Ou eduquem melhor seus filhos....)
Ok, parece loucura, mas... Imaginem um mundo onde não há uma Rainha da Inglaterra. Terrível, não? Rei não serve, tem que ser Ela, a tal, a bambambã, a única. Imagina se ela morre e a gente tem um Rei? Um Rei! Nada a ver!
Dá pra perceber o choque de gerações que isso causaria? Imagine o diálogo entre mãe e filho:
- Mãe, eu sou um super-herói!
- Ah tá filho, e eu sou a rainha da Inglaterra!
O filho olha indagativo para a mãe, estranhando o comentário - Como assim mãe? A Inglaterra tem um Rei... - E a mãe: - Eu sei filho, eu sei; mas é que na minha época tinha uma Rainha na Inglaterra.
O garoto ri - Até parece! E eu era o Rei da Inglaterra!
- Era assim que a gente falava. Só que como era uma Rainha a gente falava em Rainha.
- Hã-ham... - diz o garoto, cético - E essa rainha era você?
- Estou falando sério meu filho! - ela reclama. - Claro mãe, claro!Mas foi você quem disse que era a Rainha.
- Era uma expressão!! Como você usa, só que se dizia Rainha da Inglaterra.
- Mas a Inglaterra tem um Rei...
- Antes era uma Rainha! A gente dizia rainha!! Elizabeth! Ela se chamava Elizabeth! - a mãe grita.
- Certo. E eu era o Rei....
Então taí. Ela não pode morrer. Não dá! Seria quase como se... o Fidel Castro morresse! O Cataclisma, mudança de uma Era, caos!! Participem do movimento! (Ou eduquem melhor seus filhos....)
quarta-feira, março 29, 2006
Los Andes
Teobolt puxou o cachecol mais perto do rosto. O vento esfriava com o fim do dia.
As montanhas altas lançaram sombras por todo o caminho. O caminho serpenteante percorrendo a encosta. Algumas casinhas ao longe. Plantações e hortas no vale lá embaixo. Um caminho quase que recortado da rocha.
As montanhas, se estendendo altas e firmes acima. O som de um rio lá do vale, abafado pela distância. Camponeses cruzavam a trilha e acenavam com a cabeça para Teobolt. Alguns carregavam pesadas sacolas cheias de milho, outros levavam crianças de olhinhos brilhantes pelas mãos. Um som de flauta, em algum lugar. O entardecer caindo.
Terras inexploradas à toda volta. Cidades de pedra se erguendo gloriosas nos penhascos, deuses emplumados observando do alto dos picos de gelo, o sorriso dourado do jaguar no fundo do jângal.
Teobolt passou por uma pequena vila, por uma igreja cujos sinos tocavam, por uma ponte sobre um riacho e uma velha senhora trazendo de volta o que não foi vendido na feira.
A sombra das montanhas se avolumava e o ar ficou mais frio e rarefeito.
Ele as conhecia. As montanhas e seus caminhos não eram segredos para Teobolt. Cada estrada de terra, cada pequena rota feita ou ainda inexplorada se mostrava sob seu olhar; Se desenrolava preguiçosamente pela encosta das montanhas, se encontrava, se afastava, seguia outros montes, seguia o rio, subia aos céus, onde morava o condor. Os olhos do viajante nada perdiam.
Seu lar era ali, na Cordilheira, junto às grandes montanhas do mundo.
Em algum lugar uma flauta tocava...
As montanhas altas lançaram sombras por todo o caminho. O caminho serpenteante percorrendo a encosta. Algumas casinhas ao longe. Plantações e hortas no vale lá embaixo. Um caminho quase que recortado da rocha.
As montanhas, se estendendo altas e firmes acima. O som de um rio lá do vale, abafado pela distância. Camponeses cruzavam a trilha e acenavam com a cabeça para Teobolt. Alguns carregavam pesadas sacolas cheias de milho, outros levavam crianças de olhinhos brilhantes pelas mãos. Um som de flauta, em algum lugar. O entardecer caindo.
Terras inexploradas à toda volta. Cidades de pedra se erguendo gloriosas nos penhascos, deuses emplumados observando do alto dos picos de gelo, o sorriso dourado do jaguar no fundo do jângal.
Teobolt passou por uma pequena vila, por uma igreja cujos sinos tocavam, por uma ponte sobre um riacho e uma velha senhora trazendo de volta o que não foi vendido na feira.
A sombra das montanhas se avolumava e o ar ficou mais frio e rarefeito.
Ele as conhecia. As montanhas e seus caminhos não eram segredos para Teobolt. Cada estrada de terra, cada pequena rota feita ou ainda inexplorada se mostrava sob seu olhar; Se desenrolava preguiçosamente pela encosta das montanhas, se encontrava, se afastava, seguia outros montes, seguia o rio, subia aos céus, onde morava o condor. Os olhos do viajante nada perdiam.
Seu lar era ali, na Cordilheira, junto às grandes montanhas do mundo.
Em algum lugar uma flauta tocava...
quinta-feira, março 23, 2006
Uma conversa inventada mas que poderia ser real
.
(Antes, um aviso: As opiniões registradas nesse blog não são do autor. Ele só psicografa coisas por aí.)
No MSN:
Charles says:
- Você tem o telefone do Luque?
Camilla says:
- Sim, por que?
Charles says:
- Coitada....
(Antes, um aviso: As opiniões registradas nesse blog não são do autor. Ele só psicografa coisas por aí.)
No MSN:
Charles says:
- Você tem o telefone do Luque?
Camilla says:
- Sim, por que?
Charles says:
- Coitada....
Prêmio Comentário do Mês
E o prêmio de comentário mais engraçado/esquisito/inesperado do mês vai paaaraaaa.......:
Utak disse...
" eu não quero ser comido por uma montanha! ... "
Tcharãns!! Parabéns Ugo, vc é o vencedor por enquanto. Seu prêmio é poder esfregar isso na cara dos outros. Hua-ha-ha!!!
Boa sorte na próxima para os outros.
Uêba!
Utak disse...
" eu não quero ser comido por uma montanha! ... "
Tcharãns!! Parabéns Ugo, vc é o vencedor por enquanto. Seu prêmio é poder esfregar isso na cara dos outros. Hua-ha-ha!!!
Boa sorte na próxima para os outros.
Uêba!
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Prêmios
Canções do Mundo Acabado
- Cecília Meireles
Meus olhos andam sem sono,
somente por te avistarem
de uma tão grande distância.
De altos mastros ainda rondo
tua lembrança nos ares.
O resto é sem importância.
Certamente não há nada
de ti, sobre este horizonte,
desde que ficaste ausente.
Mas é isso que me mata:
sentir que estás não sei onde,
mas sempre na minha frente.
Meus olhos andam sem sono,
somente por te avistarem
de uma tão grande distância.
De altos mastros ainda rondo
tua lembrança nos ares.
O resto é sem importância.
Certamente não há nada
de ti, sobre este horizonte,
desde que ficaste ausente.
Mas é isso que me mata:
sentir que estás não sei onde,
mas sempre na minha frente.
terça-feira, março 21, 2006
Montanha
. Uma vez, depois daqueles seminários sobre religiões asiáticas da Cláudia, eu e a Camilla resolvemos inventar religiões de Kyzywky. Aí fizemos as crenças e alguns deuses dos povos da floresta, dos povos que moravam no deserto e coisa e tal... Aí eu resolvi inventar uma religião dos povos que habitavam as grandes montanhas na cordilheira central. E havia esse deus. Ele era gigante. E construiu sozinho todas as enormes montanhas do mundo, dobrando a terra. E as pessoas acreditavam que, depois de ter "amontanhado" o mundo, Tendor (acho que esse era o nome dele, apesar de hoje em dia a palavra significar "pedra". Isso é o que dá inventar uma língua e repetir palavras...) resolveu descansar e dormiu. Deitou-se em uma nova enconsta, fechou suas pálbebras imensas e dormiu profundamente... Por séculos, milênios ele está lá, dormindo; casas foram construídas aos seus pés, águias fizeram seus ninhos lá no alto de sua cabeça, marmotas cavocaram seu interior rochoso. Tendor virou a maior montanha do mundo.
. Não me lembro se eu tirei isso de uma referência anterior, mas sei que reutilizei essa idéia para várias histórias: A idéia de que um dia Tendor acordaria (no dia do Juízo Final imaginavam os povos das montanhas) e a montanha mais velha e maior do mundo se levantaria. Uma montanha inteira iria acordar e erguer seus braços gigantescos para o alto, espreguiçando-se, pronto para caminhar pela terra. Neste dia, a maior montanha do mundo andaria novamente entre nós.
. Sempre achei essa uma idéia divertida, uma história apenas, até que um dia eu encontrei Tendor. Um dia eu vi uma montanha e podia jurar que ela tinha alma. Um dia eu vi uma montanha e enxerguei-a se levantando majestosa de seu sono gargântuo; e quando eu a vi não pude falar mais nada e fiquei apenas olhando abismado para uma montanha, a mais incrível montanha do mundo! Tendor era, afinal, uma realidade.
. Estou ainda esperando o dia em que ele acordará e caminhará novamente pela Terra...
. E quando Tendor acordar, dizem alguns, ele estará faminto pelos incontáveis anos adormecido como rocha. E passará a devorar o mundo. Tendor se alimentará das rochas, da terra, das outras montanhas, devorando lentamente tudo ao seu redor, casas, pessoas, animais, florestas, lagos, tudo servindo de alimento para o gigantesco Deus reanimado. Seremos engolidos e passaremos para o interior do estômago de Tendor. Lá, na profusão caótica, se encontrará o mundo: todas as pedras, os montes, os animais, revirados e remexidos em uma nova ordem. Assim surgirá o novo mundo. Moraremos em uma nova terra, habitantes desse interior rochoso de Tendor, com o estômago servindo de céu e chão.
. Tolice, dizem os mais velhos. No Dia do Juízo Final Tendor levará as almas para o outro mundo. Será o dia em que o mundo acabará. Apenas isso. Com o gigantesco tremor de seus passos, Tendor destruirá tudo o que une a terra e cairemos no nada. O chão tremerá e se romperá, rachado e destruído.
. Talvez, dizem aqueles de pensamento rápido, que cemicerram espertamente os olhos para as lendas antigas. Pode ser que Tendor devore mesmo o mundo, ou pode ser que ele simplesmente seja destruído... Ou pode ser que ele nunca acorde.
. Porque, eles dizem, Tendor já acordou. E ele já devorou tudo. O mundo em que vivemos não passa do gigantesco estômago do Deus; Nossa terra, sua carne; nossas vidas nada mais que simples movimentos rochosos dentro da maior montanha do mundo.
. Não me lembro se eu tirei isso de uma referência anterior, mas sei que reutilizei essa idéia para várias histórias: A idéia de que um dia Tendor acordaria (no dia do Juízo Final imaginavam os povos das montanhas) e a montanha mais velha e maior do mundo se levantaria. Uma montanha inteira iria acordar e erguer seus braços gigantescos para o alto, espreguiçando-se, pronto para caminhar pela terra. Neste dia, a maior montanha do mundo andaria novamente entre nós.
. Sempre achei essa uma idéia divertida, uma história apenas, até que um dia eu encontrei Tendor. Um dia eu vi uma montanha e podia jurar que ela tinha alma. Um dia eu vi uma montanha e enxerguei-a se levantando majestosa de seu sono gargântuo; e quando eu a vi não pude falar mais nada e fiquei apenas olhando abismado para uma montanha, a mais incrível montanha do mundo! Tendor era, afinal, uma realidade.
. Estou ainda esperando o dia em que ele acordará e caminhará novamente pela Terra...
. E quando Tendor acordar, dizem alguns, ele estará faminto pelos incontáveis anos adormecido como rocha. E passará a devorar o mundo. Tendor se alimentará das rochas, da terra, das outras montanhas, devorando lentamente tudo ao seu redor, casas, pessoas, animais, florestas, lagos, tudo servindo de alimento para o gigantesco Deus reanimado. Seremos engolidos e passaremos para o interior do estômago de Tendor. Lá, na profusão caótica, se encontrará o mundo: todas as pedras, os montes, os animais, revirados e remexidos em uma nova ordem. Assim surgirá o novo mundo. Moraremos em uma nova terra, habitantes desse interior rochoso de Tendor, com o estômago servindo de céu e chão.
. Tolice, dizem os mais velhos. No Dia do Juízo Final Tendor levará as almas para o outro mundo. Será o dia em que o mundo acabará. Apenas isso. Com o gigantesco tremor de seus passos, Tendor destruirá tudo o que une a terra e cairemos no nada. O chão tremerá e se romperá, rachado e destruído.
. Talvez, dizem aqueles de pensamento rápido, que cemicerram espertamente os olhos para as lendas antigas. Pode ser que Tendor devore mesmo o mundo, ou pode ser que ele simplesmente seja destruído... Ou pode ser que ele nunca acorde.
. Porque, eles dizem, Tendor já acordou. E ele já devorou tudo. O mundo em que vivemos não passa do gigantesco estômago do Deus; Nossa terra, sua carne; nossas vidas nada mais que simples movimentos rochosos dentro da maior montanha do mundo.
Amarantine
(Não gosto do jeito desse blog. Ele anula a minha formatação divertida, que já me rendeu um elogio gostoso...)
"Karyn sentiu a magia fluindo. E tinha na boca um gosto de lágrimas... Eram suas lágrimas escorrendo pelo rosto e caindo no chão. Ela não queria, não queria fazê-lo! Mas... Mas não dava pra.... Ah, como doía se despedir de seus amigos e de suas aventuras.. Não havia outra alternativa. Ela fora capturada pela firme rede da sociedade. Ela se perdera em meio aos chás, favores, amores e compromissos.. Labwa fora esperta em sua armadilha; Karyn só percebeu tarde que algo mudara, que não podia mais sair da vida em que fora amarrada. Ela agora era uma cidadã deste reino, ela agora tinha uma carreira a zelar, patrimônios com que se ocupar, deveres a respeitar. Ela fora presa da imobilidade do mundo, sua liberdade trocada por um punhado de pó. Um pacto maldito fora selado sem que ela percebesse.
Tanto se perdera naquela primavera...
A magia estava sendo preparada. Seus amigos tinham que fugir. Era o último sacrifício; tudo mudara. As runas se fecharam, as pétalas voaram, as mãos conjuraram os símbolos específicos e antigos que invocavam a força escondida. A magia estava feita."
Love is
Love is
Love.
Estou confuso. E perdido. Não sei mais o que eu quero nem o que me falta.
Todos nós perdidos em desejos.
"Karyn sentiu a magia fluindo. E tinha na boca um gosto de lágrimas... Eram suas lágrimas escorrendo pelo rosto e caindo no chão. Ela não queria, não queria fazê-lo! Mas... Mas não dava pra.... Ah, como doía se despedir de seus amigos e de suas aventuras.. Não havia outra alternativa. Ela fora capturada pela firme rede da sociedade. Ela se perdera em meio aos chás, favores, amores e compromissos.. Labwa fora esperta em sua armadilha; Karyn só percebeu tarde que algo mudara, que não podia mais sair da vida em que fora amarrada. Ela agora era uma cidadã deste reino, ela agora tinha uma carreira a zelar, patrimônios com que se ocupar, deveres a respeitar. Ela fora presa da imobilidade do mundo, sua liberdade trocada por um punhado de pó. Um pacto maldito fora selado sem que ela percebesse.
Tanto se perdera naquela primavera...
A magia estava sendo preparada. Seus amigos tinham que fugir. Era o último sacrifício; tudo mudara. As runas se fecharam, as pétalas voaram, as mãos conjuraram os símbolos específicos e antigos que invocavam a força escondida. A magia estava feita."
Love is
Love is
Love.
Estou confuso. E perdido. Não sei mais o que eu quero nem o que me falta.
Todos nós perdidos em desejos.
domingo, março 19, 2006
Sim, Esses São Meus Amigos... (Trechos de uma conversa no msn)
.
.
(opa, já foi para o meu...)
Charles diz:
Falta 1 hora e meia.... vou dormir.
milla diz:
para o q?
milla diz:
ei, eu to de saia!!!
Charles diz:
......Tá.. Isso foi um convite?
milla diz:
.......oi?
Charles diz:
Oh sim! Bananas!!
milla diz:
um ninho!! tenho q ir! nãããão
Charles diz:
Rápido, avisa a Clara que o exército de coelhos já chegou! Ela pode enfim entrar no buraco.
Charles diz:
E assim, a Camilla natural da decisão se despeede de seu amigo Chaaaaarles. E vão os dois dormiiiiiir.
Charles diz:
Adeus Yoooo-hoooo!!!
milla diz:
boa noite charlie!!!!!
Charles diz:
Gunpa-munpa!
Charles diz:
Que lindo.
milla diz:
woompa-loompa
Explicação: era tarde da noite.
.
(opa, já foi para o meu...)
Charles diz:
Falta 1 hora e meia.... vou dormir.
milla diz:
para o q?
milla diz:
ei, eu to de saia!!!
Charles diz:
......Tá.. Isso foi um convite?
milla diz:
.......oi?
Charles diz:
Oh sim! Bananas!!
milla diz:
um ninho!! tenho q ir! nãããão
Charles diz:
Rápido, avisa a Clara que o exército de coelhos já chegou! Ela pode enfim entrar no buraco.
Charles diz:
E assim, a Camilla natural da decisão se despeede de seu amigo Chaaaaarles. E vão os dois dormiiiiiir.
Charles diz:
Adeus Yoooo-hoooo!!!
milla diz:
boa noite charlie!!!!!
Charles diz:
Gunpa-munpa!
Charles diz:
Que lindo.
milla diz:
woompa-loompa
Explicação: era tarde da noite.
Uma irmã
. Hoje vai fazer um ano que nasceu Isabella. Estou com saudades da minha irmãzinha, dizem que ela já bate palma quando cantam "Parabéns à Você". Quando eu fui à Angra a gente brincava junto. E ela tentava pôr o dedo na tomada, contrariando todos na casa. E um dia ela dormiu na minha barriga, mas eu comecei a rir e a acordei. E quando ela ri é gostoso.
. Eu queria voltar pra lá. Ver de novo o mar e o meu pai. E a minha avó na sua rede com todos os passarinhos coloridos em volta.
. Retomar aquela sensação do sol batendo na nossa cara, do pé na areia, do vento na vela e das mãos segurando aquele corpinho delicado.
folclore albanês.
. Ontem eu terminei um livro do Ismail Kadaré. Eu gosto dele; morou na Albânia durante a ditadura comunista e começou a escrever para aliviar a alma dos tormentos e da escuridão que o cercava. . . .
. "Um dia Calvo estava caminhando, até que caiu em um buraco escuro e chegou ao mundo de baixo." conta uma história folclórica albanesa relatada no livro. "Para voltar para cima, para a luz de novo, ele teria que pegar carona nas costas de uma águia; uma águia que se alimentava de carne. Assim, ele passou dias buscando carnes no subterrâneo para alimentar o pássaro durante a viagem. E assim ele foi, voando por sobre abismos enormes e escuros. De quando em quando a águia piava e Calvo dava um pouco de carne a ela. Assim seguiram os dois por sobre a escuridão mortal."
. . . "A viagem se estendeu. A águia voava e voava mas nunca chegava até a luz. O vôo por sobre o abismo durou tempo demais, e a carne de Calvo foi acabando. Os pios da águia se tornaram angustiantes para o homem, que deveria alimentá-la toda vez, ou cairia no abismo escuro embaixo, de onde nunca se levantaria. Os pios continuaram e a viagem negra nunca cessava. Calvo se viu sem carne e com a águia piando. Sem hesitar, com medo do escuro buraco, cortou uma parte de seu braço para alimentar a ave. . . O tempo passou e nada de chegarem, o medo e desespero aumentando. Calvo começou a cortar pedaços de sua perna, até que esta se acabou. Cortou seu tronco, seus braços, ouvindo sempre o comando piado da águia, sem nunca se afastar do abismo assustador. A águia voava e o homem se cortava. Ele, para sobreviver ao buraco, dava partes de si mesmo ao pássaro, que nunca parava de piar por carne. Até que um dia chegaram ao mundo de cima, escapando da escuridão abissal. Mas Calvo dera partes demais de si mesmo para a águia."
. "Por isso, um dia, as pessoas lá de cima viram sair de um buraco uma enorme águia, carregando nas costas, nada mais do que um esqueleto descarnado, sem vida."
. Cada um sabe a dor que traz consigo mesmo.
. "Um dia Calvo estava caminhando, até que caiu em um buraco escuro e chegou ao mundo de baixo." conta uma história folclórica albanesa relatada no livro. "Para voltar para cima, para a luz de novo, ele teria que pegar carona nas costas de uma águia; uma águia que se alimentava de carne. Assim, ele passou dias buscando carnes no subterrâneo para alimentar o pássaro durante a viagem. E assim ele foi, voando por sobre abismos enormes e escuros. De quando em quando a águia piava e Calvo dava um pouco de carne a ela. Assim seguiram os dois por sobre a escuridão mortal."
. . . "A viagem se estendeu. A águia voava e voava mas nunca chegava até a luz. O vôo por sobre o abismo durou tempo demais, e a carne de Calvo foi acabando. Os pios da águia se tornaram angustiantes para o homem, que deveria alimentá-la toda vez, ou cairia no abismo escuro embaixo, de onde nunca se levantaria. Os pios continuaram e a viagem negra nunca cessava. Calvo se viu sem carne e com a águia piando. Sem hesitar, com medo do escuro buraco, cortou uma parte de seu braço para alimentar a ave. . . O tempo passou e nada de chegarem, o medo e desespero aumentando. Calvo começou a cortar pedaços de sua perna, até que esta se acabou. Cortou seu tronco, seus braços, ouvindo sempre o comando piado da águia, sem nunca se afastar do abismo assustador. A águia voava e o homem se cortava. Ele, para sobreviver ao buraco, dava partes de si mesmo ao pássaro, que nunca parava de piar por carne. Até que um dia chegaram ao mundo de cima, escapando da escuridão abissal. Mas Calvo dera partes demais de si mesmo para a águia."
. "Por isso, um dia, as pessoas lá de cima viram sair de um buraco uma enorme águia, carregando nas costas, nada mais do que um esqueleto descarnado, sem vida."
. Cada um sabe a dor que traz consigo mesmo.
sexta-feira, março 17, 2006
Uma história
O mar, o doce aroma fresco que entra pela janela. Os penhascos enormes invadem o pequeno quarto e me puxam na direção do som das gaivotas. Não, frei Lucath ficaria furioso se me visse aqui, devo voltar ao manuscrito para terminá-lo antes que o sol desapareça e mergulhe minha cela na escuridão perpétua. Já já os sinos tocarão e terei de descer. Por enquanto, novamente, eu me recosto na cadeira de madeira, espartana, firme, feita de troncos da floresta do povoado, e volto a escrever. Paro no meio do meu movimento e penso na floresta que apenas visitei com o olhar, observando-a secretamente pela janela da torre do sino. As copas das árvores eram ondulantes e verdes, flutuando com o vento, calmamente como um grande mar sereno, igual ao verdadeiro, que observo pela minha pequena janela quadrangular. Me espanto, estou novamente à janela. Lucath censura esta minha curiosidade pelo mundo lá fora. Sempre sonhando com o mar, ele me diz usando sua voz severa e potente, isso não há de ser bom para um filho de Deus; a curiosidade é a principal arma do demônio! Demônio, quantas vezes ouvimos essa palavra aqui dentro, sussurrada e escondida pelos corredores, censurada e encarada com paranóia. Aqui é um antro sagrado, onde o Demônio não reside, graças às nossas penitências diárias e todas as rezas que o frei Lu... Meu Deus! Olho para minha perna direita, dependurada por cima do parapeito da janela, se esticando na direção do penhasco, buscando essa ardente brisa marinha! Quase que sou levado para fora! Acho que não tenho muito controle sobre meu corpo. Queira Deus que frei Kiril possa me ajudar nas penitências, para que o demônio não mais resida em meu corpo. Será que estarei perdendo o controle? Me sento à mesa tentando aparentar calma. Busca a caneta com minhas mãos ainda trêmulas e risco linhas no papel doce. A sua textura me abre caminhos por entre a escrita. Olho o texto escondido no livro que está à minha frente. Apesar da crescente escuridão ainda consigo ler a bela caligrafia dos mouros infiéis. A escrita árabe não me é estranha: fui criado no seio de uma família moçárabe da Ibéria, minha terra natal. Foi minha mãe, meio árabe de cabelos negros, meio cristã de pele alva, que me ensinou a ler e escrever em sua língua materna. Me ditava as doces letras que compuseram minha infância por entre acácias naturais e aromas de mel. ..Isso foi antes que o meu pai me enviasse ao mosteiro para que eu me tornasse um monge, trazendo assim uma reputação extra à família. Memórias que já estão quase apagadas pelos longos anos passados aqui dentro. Longos anos nesta cela de pedra. Sendo o único que sabe ler e escrever em árabe, sou necessário para o mosteiro como copista de vários textos mouros, e frei Lucath precisa que meus olhos estejam sempre nos livros para que eu termine as trad... Novamente aconteceu. Estou na janela e vejo gaivotas voarem próximas à minha cabeça. Estava quase terminando o manuscrito quando me deixei levar pelos pensamentos. Acontece com frequência, d'eu ser levado pela minha mente; talvez não esteja rezando com o devido fervor. Deus me ajude a controlar meus pensamentos. Nem mesmo a inóspita cela que faço de lar é capaz de aplacar minha imaginação; ela sobrevive aos invernos hostis onde a comida é rala e os morcegos gritam toda noite; ela sobrevive aos rituais longos e cansativos da cópia de textos; sobrevive aos sermões de frei Lucath e ao meu desespero criado pela minha indisplicência. Deus ajude-me! Já não sei o que fazer. É hora de obedecer frei Lucath e copiar os textos, como venho fazendo todos os dias desde que entrei para o mosteiro. Talvez a monotonia termine por me convencer. É isso, devo voltar antes que escureça e tudo... A gaivota maior passa por cima de minha cabeça. Ela é a minha companheira de manhãs vazias. Minha vida é vazia. Passo os dias rezando e transcrevendo os livros mais antigos. Vivo ouvindo o mar e sonhando, sonhando com algo que há lá fora, algo maior que tudo isso. Com aquela bela floresta ondulante que passo horas admirando escondido na torre do sino. Minha vida é solitária, não existe sonho, amor, ou outra coisa além dos livros antigos, das penitências, das rezas (as longas rezas que ocupam os dias e noites sem fim) e as gaivotas. Invejo-as, Deus meu, como sou pecador por invejá-las e querer ter essas asas longas e belas que flutuam pelo vento assoprado do mar, vindo de terras distantes de onde vem a língua bela, prendada e poética de minha mãe. Sentado no parapeito, minhas pernas já saltam para fora da janela. Entrelaçando-as, como os dedos de um amante segurando os do outro, abro os braços e estico-os, tenho asas também e respiro alegre a brisa suave. Esqueço completamente o mosteiro e todos os anos em que fiquei preso aqui dentro; agora sim posso sorrir de dentro do meu coração e pensar em liberdade. Os pergaminhos voam com o vento que entra forte pela janela e minha mente pecadora voa pelo mar e para longe. Estou indo mãe, vou até as terras que você me narrou, voarei como uma gaivota, a única gaivota que sabia voar dentro dessas muralhas de pedra. Me solto, o vento bate em meu corpo, estou voando, vou para longe, abro minhas asas. O vazio do mosteiro fica para trás e o vazio do mundo se abre para mim silencioso. O mar..
domingo, março 12, 2006
sábado, março 11, 2006
Signos e horóscopos
Muitas pessoas não acreditam nesse tipo de coisa. Talvez seja só uma grande invencionice humana louca que não corresponde às reais personalidades das pessoas. Eu não sei... Eu me posicionaria no meio desta discussão: muitas vezes a descrição dos meus signos batem com a imagem que eu tenho de mim, mas também acho que essa imagem é apenas parcial e não define ninguém completamente.
Afinal, quantas pessoas nasceram no dia 17 de novembro no mundo todo? São tantas que não há muitos traços comuns para se unir todas elas em um só signo. Por isso o horóscopo é tão vago... Cada um terá a sua própria interpretação.
Hoje falei com o meu primo. Ele acredita muito em signos e (talvez por acreditar ou talvez por isso é que ele acredita) a sua personalidade bate direitinho com a descrição. Até acho graça nele lendo: "Tem propensões para doenças intestinais.... Oh! É verdade! Lembra quando eu era criança e tive aquela doença intestinal terrível. Nossa!".
.
No horóscopo ocidental eu sou escorpião. No chinês sou coelho. No cigano sou Adaga e no asteca eu sou o crocodilo. E gosto muito de todos os meus signos. Acho que existem características em cada um desses animais que eu enxergo em mim. Ser um coelho é divertido e legal. Ser um crocodilo é o máximo! Ser uma adaga é interessante (é um símbolo de mudanças). E ainda não sei o que acho de ser um escorpião.
Apesar de gostar dos meus signos acho que se eu fosse um animal (ou tivesse que escolher um animal para, digamos... ser meu daemon) eu escolheria um falcão. Por que acho ele mais legal.
Espiando por outros signos eu encontro também várias características que me definem muito bem. E aí? Não sou só o meu signo. Não tenho apenas aquelas características. Não sou bem o que está escrito. . . Porque, convenhamos, definir um ser humano é complicado.
.
Um dia eu li um livro que falava que os astros exercem uma certa influência sobre as pessoas, o que faz com que a hora em que você nasceu (sem falar no mês, no ano e na época lunar) seja muito importante e ajude a delinear um tipo de comportamente que você tenderá a apresentar no futuro (Já que os nossos humores e tal estejam sob influência de vários fatores externos como até mesmo a posição dos corpos celestes no céu.).
Ainda assim... Tem tanta gente que não se reconhece lendo horóscopos. E o resto das pessoas (incluindo eu mesmo) não se vê totalmente em nenhum signo. Ninguém é um signo.
Minha posição é ambígua. Me relaciono com o meu horóscopo, mas nunca totalmente. Fico em cima do muro, apenas me divertindo com as comparações animais.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Afinal, eu nasci no dia da ponte. . .
O Primeiro
Então é isso. Eu resolvi criar um blog.
Ainda não entendo nada do seu funcionamento, mas é bom ter um espaço para escrever qualquer coisa solto por aí na internet. ... Nem sei o que dizer nesse primeiro post.
Hinée é um cidadezinha cinzenta e portuária. As pessoas simplesmente moravam em Hinée e ninguém nunca pensava muito em outras coisas.
Havia sim um garoto que sonhava em conhecer o mundo e que queria ter aventuras. Haccu viva lá com sua irmã Karyn e seu melhor amigo Myshba. E o que mais queria fazer era sair de Hinée... Falkwer e Gamma também moravam lá, mas conseguiram fugir.
Acho que isso explica um pouco o título do blog. Ou sucita perguntas.
... Espero apenas que algum dia eu também consiga sair de Hinée..
Ainda não entendo nada do seu funcionamento, mas é bom ter um espaço para escrever qualquer coisa solto por aí na internet. ... Nem sei o que dizer nesse primeiro post.
Hinée é um cidadezinha cinzenta e portuária. As pessoas simplesmente moravam em Hinée e ninguém nunca pensava muito em outras coisas.
Havia sim um garoto que sonhava em conhecer o mundo e que queria ter aventuras. Haccu viva lá com sua irmã Karyn e seu melhor amigo Myshba. E o que mais queria fazer era sair de Hinée... Falkwer e Gamma também moravam lá, mas conseguiram fugir.
Acho que isso explica um pouco o título do blog. Ou sucita perguntas.
... Espero apenas que algum dia eu também consiga sair de Hinée..
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