No ano de mil-seicentos-e-tralálá a terra de Milimale era dividida da seguinte maneira: de um lado moravam os gjaps, em suas casas de algodão, plantando brilhosos . Todos os gjaps eram loops, ou seja, mágicos poderosos que usavam as pedrasméks para criar longas-pontas ou auto-carropéras, instrumentos essenciais no dia-por-dia dos gjaps.
Do outro lado do murozul moravam os kupols. Alguns kupols eram loops, mas a maioria deles era tojuns e usavam as armas primas para lutar, tais como as katakas e as beijocas.
Alguns anos antes da construção do murozul houve uma grande guerra pela criação da fronteiralonga. Nessa guerra Gorrenta (como chamavam os kupols) aconteceram muitas batalhas sagrinárientas, em que os gjaps lançavam loopings longas-pontas e auto-carróperas e os kupols arremessavam de volta muitas beijocas e avançavam de katakas em punho.
Ao final da guerra os anciões Hululu (que não pertenciam à nenhuma tribo, mas moravam no santuário Limpoclean) decidiram que a fronteira seria demarcada pelo murozul.
Ele então foi construído em cima do caminho escolhido pela Eu-não-disse?, a sacerdotisa louca e cega que costumava correr pelo campo de floreluzes.
Desde então os dois povos, os gjaps e os kupols, vivem em relativa Calmapaz, no meio dos enormes Hugs (os monstros pré-históricos) e dos pequenos auto-suficientes.
Até que um calibre kupol decidiu ultrapassar o muro e chegar ao frederico oposto.
domingo, abril 30, 2006
sexta-feira, abril 28, 2006
Os suspiros do Dispositivo Flutuante
Espirais de fumaça enrolavam o Dispisitivo Flutuante que queimava intensamente.
"Cuidado, saiam daqui!" gritou a voz de Falkwer, do meio das chamas. Logo depois a sua figura esguia sai de dentro do vermelho carregando Neyleen nos braços. As chamas tinham tomado a parte traseira da máquina e uma das gigantescas asas.
O céu escuro girava ao redor do Dispositivo Flutuante que aos poucos ia parando de funcionare e caía vertiginosamente para o chão coberto de sombras.
Fren puxou uma alavanca, sem efeito. Suspirou enquanto a mais incrível máquina já criada pelo homem, a única que podia voar pelos céus, caia no escuro em meio às chamas e se perdia para sempre. Ela cumprira seu objetivo até o fim: cruzara as montanhas e os levara até onde estavam seus amigos perdidos. E agora ela se despedaçava triste e suspirante.
E lá embaixo, Sark esperava. Se eles não chegassem à tempo tudo seria escuridão e medo.
"Cuidado, saiam daqui!" gritou a voz de Falkwer, do meio das chamas. Logo depois a sua figura esguia sai de dentro do vermelho carregando Neyleen nos braços. As chamas tinham tomado a parte traseira da máquina e uma das gigantescas asas.
O céu escuro girava ao redor do Dispositivo Flutuante que aos poucos ia parando de funcionare e caía vertiginosamente para o chão coberto de sombras.
Fren puxou uma alavanca, sem efeito. Suspirou enquanto a mais incrível máquina já criada pelo homem, a única que podia voar pelos céus, caia no escuro em meio às chamas e se perdia para sempre. Ela cumprira seu objetivo até o fim: cruzara as montanhas e os levara até onde estavam seus amigos perdidos. E agora ela se despedaçava triste e suspirante.
E lá embaixo, Sark esperava. Se eles não chegassem à tempo tudo seria escuridão e medo.
quarta-feira, abril 26, 2006
Na kullë de Orosh
O céu cinza disfarçava a neve que caia devagarzinho sobre a kullë. A antiga fortificação de pedra, enraizada nos montes duros, resistia à brisa pesada que trazia a névoa e fazia os barcos balançarem, ainda amarrados às plataformas de madeira.
Mark Ukaçjerra não podia imaginar um dia mais enfadonho. Um dia mais cheio de dor e tédio ao mesmo tempo. Parado em frente da janela ele viu algo se aproximar no meio da névoa. Era um navio! Seu coração pulou, mas ele permaneceu teimoso na frente da janela. Será que era o navio que ele tanto esperava?
Aos poucos a figura flutuante foi ganhando forma. Era mesmo um navio que se aproximava de Orosh, lá no alto do céu; como o príncipe gostava de dizer, a ilha flutuante de Orosh fcava no limite entre o mundo dos homens e o mundo dos sonhos, nas alturas frias do mundo.
Mark suspirou devagar, temendo transparecer alguma sensação de mágoa ou sofrimento. Mesmo que não houvesse mais ninguém naquela antiga biblioteca ele permaneceu de semblante fechado e ocultou os verdadeiros sentimentos. Não era o navio certo. A bandeira era de algum clã do Rrafsh que viera pagar o tributo do sangue, e não do navio-borboleta que sumira alguns dias atrás. . . Aquele que ele tanto esperava. . . retornar. O navio dela. . .
A neve continuou caindo firme e a neblina pareceu aumentar. Mais nenhum barco viria para Orosh esta tarde: não era seguro navegar por aqueles céus naquelas condições. Ele teria que esperar.
As paredes apareceram subitamente na visão de Mark Ukaçjerra, e toda a petridão da kullë de Orosh caiu sobre ele, pesada. Ao mesmo tempo anoitecia lá fora e a neblina branca prendia a ilha flutuante em si mesma, no frio que reinava nas alturas do céu.
Mark andou até uma estante e pegou o pesado livro que tanto conhecia. O Livro do Sangue. Aquele que registrava os assassinos de todo o Rrafsh lá embaixo. Assassinos não, gjaks. Os que matavam os rivais para recuperar o sangue e a honra do clã, envolvidos nas vendetas familiares e aos quais era permitido matar. Tudo de acordo com o Kânun, o cânone, pilar de toda a tradição e sustentáculo de Orosh. Era Mark Ukaçjerra o encarregado em registrar todos aqueles que vinham à kullë, àquele castelo de pedra enraizado na rocha, para pagar o tributo do sangue, que dava ao gjak o direito de se vingar matando um membro do clã oposto. E assim prosseguiam as vendetas, quase eternas naquelas montanhas.
Como eram chamados mesmo pelos camponeses? pensou Mark, quase sorrindo. Montes Malditos. Era isso. . . As terríveis montanhas das terras altas do Rrafsh. E no alto de tudo aquilo, no céu frio e cinzento, controlando os mecanismos da vingança e do sangue, estava a kullë de Orosh. E Mark Ukaçjerra, o primo do príncipe, controlava os registros do Livro do Sangue, das mortes e da honra lavada ou ainda não-recuperada. Os nomes de todos o gjaks vingados estavam registrados em tinta preta nas páginas antigas. Em suas mãos gemiam milhares de mortos, rios de sangue correndo e preenchendo a pequena biblioteca, caindo no mundo lá embaixo. Tudo envolto pela mais firme tradição.
Por anos e anos a fio foi isso. Lá no Rrafsh as famílias lutavam, matavam-se uns aos outros e vinham pagar o tributo. Uma série de gjaks passavam diariamente por Orosh, apenas para serem registrados no livro que Mark segurava. Tudo como sempre foi, desde a Idade Escura e talvez ainda antes. Nada perturbava os rituais e as regras da morte, da vendeta entre clãs.
Ao menos até agora. . . O Kânun sobrevivera à tudo, até mesmo aos legisladores que vieram do sul, tentando substituir as regras da vendeta por leis civilizadas. Bobagem. O Kânun engolira-os. O sangue continuava a verter e a ser recuperado pelos gjaks.
Mas havia um único ponto, ou melhor, dois pontos verdes e brilhantes que pareciam contestar tudo aquilo.
Diante dos olhos de vidro dela, Mark Ukaçjerra ruía. O mundo e as engrenagens do Kânun, as vendetas, a kullë de Orosh, o Livro do Sangue, tudo isso virava fumaça e espuma e sumia na escuridão. A fragmentação dominava Mark desde que ela aparecera em Orosh. Maldita! Era por isso que mulheres deviam ser afastadas das reuniões de homens, o Kânun já previa sabidamente. Seus olhos lindos faziam tudo parecer obsoleto e contestável. Tudo se escurecia terrível, cheio de dor e sangue, no meio dos quais surgia o redentor brilho verde das pupilas, como se delas emanasse toda a luz que existisse no mundo.
Mark Ukaçjerra bateu os punhos na mesa. . . O mundo escureceu lá fora, escondido na neblina. Logo o jantar seria servido no salão, cheio de fumaça das tochas, de cadeiras estofadas com pelo de urso, de reclamações do príncipe, risadas rudes do feitor dos tributos e olhares de esguela dos serviçais. A raiva o dominou e ele voltou a se despedaçar. Milhões de fragmentos-ele se dispersaram pela sala. Vazios.
Cinzentos como a neblina que envolvia a ilha e a pétrea kullë de Orosh. O único lugar no mundo onde ela parecia não estar. E justamente o lugar onde Mark Ukaçjerra era prisioneiro de sua função, prisioneiro e vítma do Sangue que escorria violento em todo o Rrafsh.
Mark Ukaçjerra não podia imaginar um dia mais enfadonho. Um dia mais cheio de dor e tédio ao mesmo tempo. Parado em frente da janela ele viu algo se aproximar no meio da névoa. Era um navio! Seu coração pulou, mas ele permaneceu teimoso na frente da janela. Será que era o navio que ele tanto esperava?
Aos poucos a figura flutuante foi ganhando forma. Era mesmo um navio que se aproximava de Orosh, lá no alto do céu; como o príncipe gostava de dizer, a ilha flutuante de Orosh fcava no limite entre o mundo dos homens e o mundo dos sonhos, nas alturas frias do mundo.
Mark suspirou devagar, temendo transparecer alguma sensação de mágoa ou sofrimento. Mesmo que não houvesse mais ninguém naquela antiga biblioteca ele permaneceu de semblante fechado e ocultou os verdadeiros sentimentos. Não era o navio certo. A bandeira era de algum clã do Rrafsh que viera pagar o tributo do sangue, e não do navio-borboleta que sumira alguns dias atrás. . . Aquele que ele tanto esperava. . . retornar. O navio dela. . .
A neve continuou caindo firme e a neblina pareceu aumentar. Mais nenhum barco viria para Orosh esta tarde: não era seguro navegar por aqueles céus naquelas condições. Ele teria que esperar.
As paredes apareceram subitamente na visão de Mark Ukaçjerra, e toda a petridão da kullë de Orosh caiu sobre ele, pesada. Ao mesmo tempo anoitecia lá fora e a neblina branca prendia a ilha flutuante em si mesma, no frio que reinava nas alturas do céu.
Mark andou até uma estante e pegou o pesado livro que tanto conhecia. O Livro do Sangue. Aquele que registrava os assassinos de todo o Rrafsh lá embaixo. Assassinos não, gjaks. Os que matavam os rivais para recuperar o sangue e a honra do clã, envolvidos nas vendetas familiares e aos quais era permitido matar. Tudo de acordo com o Kânun, o cânone, pilar de toda a tradição e sustentáculo de Orosh. Era Mark Ukaçjerra o encarregado em registrar todos aqueles que vinham à kullë, àquele castelo de pedra enraizado na rocha, para pagar o tributo do sangue, que dava ao gjak o direito de se vingar matando um membro do clã oposto. E assim prosseguiam as vendetas, quase eternas naquelas montanhas.
Como eram chamados mesmo pelos camponeses? pensou Mark, quase sorrindo. Montes Malditos. Era isso. . . As terríveis montanhas das terras altas do Rrafsh. E no alto de tudo aquilo, no céu frio e cinzento, controlando os mecanismos da vingança e do sangue, estava a kullë de Orosh. E Mark Ukaçjerra, o primo do príncipe, controlava os registros do Livro do Sangue, das mortes e da honra lavada ou ainda não-recuperada. Os nomes de todos o gjaks vingados estavam registrados em tinta preta nas páginas antigas. Em suas mãos gemiam milhares de mortos, rios de sangue correndo e preenchendo a pequena biblioteca, caindo no mundo lá embaixo. Tudo envolto pela mais firme tradição.
Por anos e anos a fio foi isso. Lá no Rrafsh as famílias lutavam, matavam-se uns aos outros e vinham pagar o tributo. Uma série de gjaks passavam diariamente por Orosh, apenas para serem registrados no livro que Mark segurava. Tudo como sempre foi, desde a Idade Escura e talvez ainda antes. Nada perturbava os rituais e as regras da morte, da vendeta entre clãs.
Ao menos até agora. . . O Kânun sobrevivera à tudo, até mesmo aos legisladores que vieram do sul, tentando substituir as regras da vendeta por leis civilizadas. Bobagem. O Kânun engolira-os. O sangue continuava a verter e a ser recuperado pelos gjaks.
Mas havia um único ponto, ou melhor, dois pontos verdes e brilhantes que pareciam contestar tudo aquilo.
Diante dos olhos de vidro dela, Mark Ukaçjerra ruía. O mundo e as engrenagens do Kânun, as vendetas, a kullë de Orosh, o Livro do Sangue, tudo isso virava fumaça e espuma e sumia na escuridão. A fragmentação dominava Mark desde que ela aparecera em Orosh. Maldita! Era por isso que mulheres deviam ser afastadas das reuniões de homens, o Kânun já previa sabidamente. Seus olhos lindos faziam tudo parecer obsoleto e contestável. Tudo se escurecia terrível, cheio de dor e sangue, no meio dos quais surgia o redentor brilho verde das pupilas, como se delas emanasse toda a luz que existisse no mundo.
Mark Ukaçjerra bateu os punhos na mesa. . . O mundo escureceu lá fora, escondido na neblina. Logo o jantar seria servido no salão, cheio de fumaça das tochas, de cadeiras estofadas com pelo de urso, de reclamações do príncipe, risadas rudes do feitor dos tributos e olhares de esguela dos serviçais. A raiva o dominou e ele voltou a se despedaçar. Milhões de fragmentos-ele se dispersaram pela sala. Vazios.
Cinzentos como a neblina que envolvia a ilha e a pétrea kullë de Orosh. O único lugar no mundo onde ela parecia não estar. E justamente o lugar onde Mark Ukaçjerra era prisioneiro de sua função, prisioneiro e vítma do Sangue que escorria violento em todo o Rrafsh.
segunda-feira, abril 24, 2006
Guia prático para se passar um trote de pizzas na sua ex-professora de gramática em uma noite livre.
- Alô, é da pizzaria?
- Pizzaria? Aqui é a Th. . .
- Mussaralho pizzaiolo! Eu quero uma bonna bambina brasileira, vegetariana, caipira de Bauru, com peito de frango ou qualquer coisa à moda francesa, tanto faz. É para o Brigadeiro Palmito Romeu e Julieta mexicana, na rua Califórnia número 4 queijos, apartamento 5 formaggio.
- Mas o quê???
- O quê? Não é da pizzaria? Então tóma-te seco seu banana frangarela!!
- Pizzaria? Aqui é a Th. . .
- Mussaralho pizzaiolo! Eu quero uma bonna bambina brasileira, vegetariana, caipira de Bauru, com peito de frango ou qualquer coisa à moda francesa, tanto faz. É para o Brigadeiro Palmito Romeu e Julieta mexicana, na rua Califórnia número 4 queijos, apartamento 5 formaggio.
- Mas o quê???
- O quê? Não é da pizzaria? Então tóma-te seco seu banana frangarela!!
sábado, abril 22, 2006
As histórias de Hoshy Heogger
Avistaram logo o imenso muro de pedra da cidade de Laamorke. Cansados de atravessarem tanta secura e areia se sentiram gratos pela visão espetacular de uma cidade que parecia estar brotando da rocha dura.
Mas antes de poderem entrar pelo portão cravejado de desenhos dos anjos babilônicos Astréia Psâmate, o Oráculo das Areias os deteve com um gesto.
"Hoje não" ela sentenciou. "Laamorke está fechada para os viajantes no dia em que Áries e Sargitário se encontram. Má sorte. Qualquer um que entrar será executado."
"O quê?!" gritou Foxy frustrado. "Isso é ridículo! Eles tem água, comida e camas lá dentro. Nós vamos."
Os outros olharam indecisos em volta. A tentação da cidade era forte, mas Astréia era quem conhecia os caminhos e armadilhas do Deserto. Ela provavelmente estava certa, mas era uma possibilidade que ninguém desejava.
"Talvez. . . " Haccu conseguiu enunciar, exausto ". .Astréia tenha razão. Talvez essa cidade execute viajantes nesses dias. Eu não sei, vimos tantas coisas esses dias que nem sei o que pensar... Na verdade, só no que eu consigo pensar é em uma cama e comida, mas provavelmente essa seja uma escolha mortal."
Hoshy tinha poeira nos cabelos, nas mãos até dentro do casaco; seus olhos mostravam olheiras fundas das noites mal dormidas em que ela teve que se apoiar no chão duro e seus músculos pareciam que não iriam aguentar mais uma noite no Deserto. Mas o que mais lhe doía era o peso da certeza de que a decisão final estava em seus ombros. Era ela quem deveria escolher entre a cidade (e a morte) e o árido (a vida). O mundo que virava de ponta cabeça e a ela cabia a decisão.
Ela suspirou devagar... "Astréia nunca mentiu ou se enganou" ela disse com uma voz que parecia vir de outro lugar, de outro tempo de tão distante e louca no que afirmava. "Acho que teremos que esperar uma noite fora de Laamorke.".
"Loucura!" disse Fren.
Hoshy simplesmente se deixou cair no chão, ali mesmo na beira da estrada e abaixou a cabeça; ela não iria discutir. Quem quisesse se arriscar que fosse, esse não era o momento para se discutir.
Astréia, calada e silenciosa como sempre sentou-se ao seu lado. Pouco a pouco os outros viajantes empoeirados fizeram o mesmo.
Foxy balançava a cabeça sem acreditar. Por fim ele também se sentou e soltou um longo suspiro de cansaço e frustração.
Passariam a noite sentados fora dos convidativos muros de Laamorke, entre as palmas secas e as hienas. Hoshy não pôde deixar de pensar em quão insana era sua jornada. Sem saber direito o que procuravam iam cada vez mais fundo dentro do deserto, encontrado toda espécie de armadilhas, monstros e cidades desvairadas. Parecia-lhe que estavam entrando cada vez mais fundo nas histórias que Astréia Psâmate inventava e desfiava à noite na fogueira, em uma realidade que era sempre incomum e que nunca poderia ser encarada de frente, como uma miragam em constante transformação.
Hoje era a convidativa cidade que executava seus viajantes, amanhã seria o desfiladeiro que matava seus intrusos e ontem poderia ter sido o bando de ladrões que procurava por vítmas entre as cortinas do harém. A realidade virava milhares de histórias que se misturavam, repetiam e mudavam com apenas um único propósito: fazer os viajantes se perderem na vastidão do Deserto.
Enquanto pensava em tudo isso, Hoshy adormeceu exausta.
Mas antes de poderem entrar pelo portão cravejado de desenhos dos anjos babilônicos Astréia Psâmate, o Oráculo das Areias os deteve com um gesto.
"Hoje não" ela sentenciou. "Laamorke está fechada para os viajantes no dia em que Áries e Sargitário se encontram. Má sorte. Qualquer um que entrar será executado."
"O quê?!" gritou Foxy frustrado. "Isso é ridículo! Eles tem água, comida e camas lá dentro. Nós vamos."
Os outros olharam indecisos em volta. A tentação da cidade era forte, mas Astréia era quem conhecia os caminhos e armadilhas do Deserto. Ela provavelmente estava certa, mas era uma possibilidade que ninguém desejava.
"Talvez. . . " Haccu conseguiu enunciar, exausto ". .Astréia tenha razão. Talvez essa cidade execute viajantes nesses dias. Eu não sei, vimos tantas coisas esses dias que nem sei o que pensar... Na verdade, só no que eu consigo pensar é em uma cama e comida, mas provavelmente essa seja uma escolha mortal."
Hoshy tinha poeira nos cabelos, nas mãos até dentro do casaco; seus olhos mostravam olheiras fundas das noites mal dormidas em que ela teve que se apoiar no chão duro e seus músculos pareciam que não iriam aguentar mais uma noite no Deserto. Mas o que mais lhe doía era o peso da certeza de que a decisão final estava em seus ombros. Era ela quem deveria escolher entre a cidade (e a morte) e o árido (a vida). O mundo que virava de ponta cabeça e a ela cabia a decisão.
Ela suspirou devagar... "Astréia nunca mentiu ou se enganou" ela disse com uma voz que parecia vir de outro lugar, de outro tempo de tão distante e louca no que afirmava. "Acho que teremos que esperar uma noite fora de Laamorke.".
"Loucura!" disse Fren.
Hoshy simplesmente se deixou cair no chão, ali mesmo na beira da estrada e abaixou a cabeça; ela não iria discutir. Quem quisesse se arriscar que fosse, esse não era o momento para se discutir.
Astréia, calada e silenciosa como sempre sentou-se ao seu lado. Pouco a pouco os outros viajantes empoeirados fizeram o mesmo.
Foxy balançava a cabeça sem acreditar. Por fim ele também se sentou e soltou um longo suspiro de cansaço e frustração.
Passariam a noite sentados fora dos convidativos muros de Laamorke, entre as palmas secas e as hienas. Hoshy não pôde deixar de pensar em quão insana era sua jornada. Sem saber direito o que procuravam iam cada vez mais fundo dentro do deserto, encontrado toda espécie de armadilhas, monstros e cidades desvairadas. Parecia-lhe que estavam entrando cada vez mais fundo nas histórias que Astréia Psâmate inventava e desfiava à noite na fogueira, em uma realidade que era sempre incomum e que nunca poderia ser encarada de frente, como uma miragam em constante transformação.
Hoje era a convidativa cidade que executava seus viajantes, amanhã seria o desfiladeiro que matava seus intrusos e ontem poderia ter sido o bando de ladrões que procurava por vítmas entre as cortinas do harém. A realidade virava milhares de histórias que se misturavam, repetiam e mudavam com apenas um único propósito: fazer os viajantes se perderem na vastidão do Deserto.
Enquanto pensava em tudo isso, Hoshy adormeceu exausta.
Mas Será que Nunca Acaba?
Eiichiro Oda estava sem nada para fazer quando pensou: "Puxa... E se os personagens (do One Piece) fossem todos Obahans? Quem seria o mais forte?"
Obahans são as donas-de-casa quarentonas e solteironas do Japão. . .
Pessoal, eu preciso que vocês comentem! Sem isso não dá pra fazer novos prêmios ou posts interessantes. O que será que aconteceu que ninguém mais está entrando em blogs? Abril é um mês tão bom, tão doce, tão despedaçado. . .
Comentem!!
Obahans são as donas-de-casa quarentonas e solteironas do Japão. . .
Pessoal, eu preciso que vocês comentem! Sem isso não dá pra fazer novos prêmios ou posts interessantes. O que será que aconteceu que ninguém mais está entrando em blogs? Abril é um mês tão bom, tão doce, tão despedaçado. . .
Comentem!!
sexta-feira, abril 21, 2006
Multicoisas
Um Horror e uma Piada
(Hábitos Excusos dos Professores de Metodologia)
Parêntesis: Luís XIII, contava um historiador, tocava violino aos 3 anos.
- É um pouco parecido - diz o professor - Ele se preparava para ser Rei, como hoje enchemos as crianças de cursos e aulas extras. Judô, natação, artes...
- Outro dia eu estava folheando a Folhinha e vi um garoto de 10 anos dizer que estava se preparando para o mercado de trabalho. Imagina a lavagem cerebral que ele sofreu! Mercado de Trabalho! Faça-me o favor, eu cuspo no olho do moleque!!!
Um Aviso
Quando eu tenho coisas importantes para fazer no dia seguinte eu costumo sonhar que esqueço algo crucial, como um "aviso do subconciente" para que eu me lembre de tudo.
Hoje eu sonhei que esquecia meu casaco. Ok, tudo bem, até aí tudo certo. Mas acho que meu subconciente não confia direito em mim e me fez sonhar que eu acordava e me lembrava que eu tinha sonhado com o casaco e promteter (dentro do sonho) que não esqueceria o casaco quando saísse.
Eu sou tão relapso assim?
Digestórias
Sabe, às vezes eu vomito.
quarta-feira, abril 19, 2006
Encontros vespertinos
Hoje Charles estava andando pelas ruas da USP, cansado de caminhar. Aí ele pensou que talvez (se ele fosse abençoado com tal graça) a Circular poderia passar por ali e me ajudar. Mas não. Meu arqueinimigo (o tal ônibus da circular) nunca faria algo assim tão legal para mim.
Bom, eu ainda podia ter esperança, né?
Mas o Destino (entendam destino como força do acaso e não como predestinação) fez algo mais interessante. . . Um carro para ao meu lado e de dentro sai.. a Camilla! Nossa! Impressionante! Ela me deu uma carona fortuita e ainda me devolveu o One Piece. *kaching!*
Acho tão legal quando essas coisas inesperadas e divertidas acontecem.
Chegando na aula eu comecei a procurar pela Nina (alguém que a Paula me pediu para achar). Descobri que ela estava em uma outra sala, e que seria dificílimo descobrir quem ela era (só com o nível 6 de espionagem, que requeria o uso de disfarçes e álibis, algo do que eu não dispunha no momento). Na segunda metade da aula a gente foi assistir a uma palestra.
Adivinha quem sentou do meu lado.
Usando-se do nível 2 de espionagem eu comparei a letra dela com a assinatura da chamada e reparei que na mochila estavam escritas mensagens. Era a Nina. Eu achei a Nina! (ela é legal, tava desenhando a professora e bandeirinhas juninas no caderno!).
Foi um dia interessante, cheio de encontros e de conhecer novas pessoas.
E no fim da tarde a minha mãe estava passando por lá e me levou para casa.
Eu deveria parar de ficar sonhando com possibilidades do futuro. A realidade realmente supera a ficção; é mais divertida.
Falando em coincidências e acasos, os casos mais bizarros aconteceram com o Marco. Teve um dia em que eu passei na frente da casa dele e por acaso alguém me viu e isso acabou com eu o Marco e a Camilla jogando videogame felizes.
Sem falar no jogo de mímica em que ele adivinhou (reparem bem: adivinhou; eu nem tinha começado a fazer a mímica!! Até hoje não sei explicar.) as palavras Beverly Hills. Beverly Hills!! Como ele fez isso?!!
Bom, eu ainda podia ter esperança, né?
Mas o Destino (entendam destino como força do acaso e não como predestinação) fez algo mais interessante. . . Um carro para ao meu lado e de dentro sai.. a Camilla! Nossa! Impressionante! Ela me deu uma carona fortuita e ainda me devolveu o One Piece. *kaching!*
Acho tão legal quando essas coisas inesperadas e divertidas acontecem.
Chegando na aula eu comecei a procurar pela Nina (alguém que a Paula me pediu para achar). Descobri que ela estava em uma outra sala, e que seria dificílimo descobrir quem ela era (só com o nível 6 de espionagem, que requeria o uso de disfarçes e álibis, algo do que eu não dispunha no momento). Na segunda metade da aula a gente foi assistir a uma palestra.
Adivinha quem sentou do meu lado.
Usando-se do nível 2 de espionagem eu comparei a letra dela com a assinatura da chamada e reparei que na mochila estavam escritas mensagens. Era a Nina. Eu achei a Nina! (ela é legal, tava desenhando a professora e bandeirinhas juninas no caderno!).
Foi um dia interessante, cheio de encontros e de conhecer novas pessoas.
E no fim da tarde a minha mãe estava passando por lá e me levou para casa.
Eu deveria parar de ficar sonhando com possibilidades do futuro. A realidade realmente supera a ficção; é mais divertida.
Falando em coincidências e acasos, os casos mais bizarros aconteceram com o Marco. Teve um dia em que eu passei na frente da casa dele e por acaso alguém me viu e isso acabou com eu o Marco e a Camilla jogando videogame felizes.
Sem falar no jogo de mímica em que ele adivinhou (reparem bem: adivinhou; eu nem tinha começado a fazer a mímica!! Até hoje não sei explicar.) as palavras Beverly Hills. Beverly Hills!! Como ele fez isso?!!
terça-feira, abril 18, 2006
Eiichiro Oda exercendo a sua loucura
Mogget
Descobri que lá na fazenda tem uma gatinha branca de patinhas cinzentas. A gente chamou ela de Gatinha, e ela fica na baia junto com as vacas e os dois cachorros. O prblema é que a Mel e a Katrina (as cadelas) perseguem a Gatinha e ficam lambendo, incomodando e tomando o leite dela.
Pra faze-la se sentir melhor eu levei a Gatinha para passear no pomar, e a gente se divertiu bastante. Ela tentava subir em árvores e eu tentava encontrar traços de Free Magic nas sombras que ela projetava.
Pra faze-la se sentir melhor eu levei a Gatinha para passear no pomar, e a gente se divertiu bastante. Ela tentava subir em árvores e eu tentava encontrar traços de Free Magic nas sombras que ela projetava.
folclore albanês III
A Albânia é um país minúsculo, ridículo e teimoso, no meio das Balcãs, que mistura tradições Homéricas da Grécia Clássica com lutas medievais contra os turcos e comunismo russo.
Mas sabiam que a albânia tem uma longa tradição homossexual? Engraçado, né?
Eles tem poemas sobre o assunto, como por exemplo:
Acendemos duas velas
À noite no vizirato
Credo! Suçalbeg ao vê-las
Cortou as duas no ato.
Outro dia eu vi um documentário que falava o seguinte: Na Abânia, muitos camponeses não tem filhos homens, ou seja, não tem ninguém para quem passarem suas terras adiante, ninguém que vá cultivá-las e trabalhar na roça familiar (afinal, era um trabalho masculino). Então, o que os camponeses albaneses fazem? Pegam uma das filhas e a transformam em um homem. Ela continua sendo mulher, mas só por debaixo das roupas. Essa filha do camponês passará a se vestir, a agir, a conversar e conviver com homens exclusivamente. Ela será um transexual cultural, um verdadeiro homem para aquela sociedade. Ela não se casará (não existem casamentos homossexuais, embora nesse caso esteja mais para "homossexuais") e trabalhará na terra de sua família, sustentando-a; É o sacrifício de uma filha para a sobrevivência no meio rural.
Por essas e outras é que a Albânia é um país esquisitinho...
Mas sabiam que a albânia tem uma longa tradição homossexual? Engraçado, né?
Eles tem poemas sobre o assunto, como por exemplo:
Acendemos duas velas
À noite no vizirato
Credo! Suçalbeg ao vê-las
Cortou as duas no ato.
Outro dia eu vi um documentário que falava o seguinte: Na Abânia, muitos camponeses não tem filhos homens, ou seja, não tem ninguém para quem passarem suas terras adiante, ninguém que vá cultivá-las e trabalhar na roça familiar (afinal, era um trabalho masculino). Então, o que os camponeses albaneses fazem? Pegam uma das filhas e a transformam em um homem. Ela continua sendo mulher, mas só por debaixo das roupas. Essa filha do camponês passará a se vestir, a agir, a conversar e conviver com homens exclusivamente. Ela será um transexual cultural, um verdadeiro homem para aquela sociedade. Ela não se casará (não existem casamentos homossexuais, embora nesse caso esteja mais para "homossexuais") e trabalhará na terra de sua família, sustentando-a; É o sacrifício de uma filha para a sobrevivência no meio rural.
Por essas e outras é que a Albânia é um país esquisitinho...
terça-feira, abril 11, 2006
Ultimamente
As aulas na auto-escola são esquisitas. Parece um cursinho e o professor fica falando o tempo todo da sogra e mostrando vídeos. E a janela invade minha mesa quando bate um vento, me impedindo de continuar desenhando no apostila. Mas pelo menos lá tem um gato gordão que é engraçado.
Ontem foi muito bom ir à escola. No fundo aquilo foi uma grande mistura de sentimentos: ao mesmo tempo que eu não deveria estar ali, que eu estava deslocado, ali era. . . a minha casa. Meus pés nem pensavam direito, eles já conheciam de cor os caminhos; meu corpo conhecia os sons e sensações. Todos esses anos passados lá me condicionaram fisicamente. Meu lugar é lá, apesar de agora já não mais o ser.
Cara, amigos são divertidos! E desenhar com eles, e cantar com eles, e conversar com eles, e me esquecer de almoçar porque eles são tão fascinantes que não dá pra abandonar a roda. Sim, eu me esqueci de almoçar.
Mas eu vi a Lorena. O Yuri. A Ana e a Aline. A Luda (que estava brava comigo, mas acho que nunca vou entender o por quê) e a Tootie. E vi uma aula de teatro do Vicente. E voltei à biblioteca. E ajudei o Artur a incutir ódio no coraçãozinho puro da Chibi.
Depois a gente ainda passou na casa do Guigo. . . E o Luque tava lá. Nós cinco nos divertimos desenhando em conjunto.
Gosto bastante desses dias cheios de cores e movimento. É legal de colorir depois na Tooty.
E ontem eu também percebi que estava de volta no Belchir. . . Devia tê-lo abandonado há muito tempo, mas todos os caminhos me levam de volta à mesma encruzilhada. Seriam mesmo vários caminhos? Ou sou eu quem repito as escolhas, sempre achando que "dessa vez vai dar certo"? Acho que só sobrou uma alternativa agora. . .
Oh Deus, e u é?
E de noite assisti com a Carol um episódio emocionante de Lost.
Preciso fazer coisas assim em todos os meus dias. Seria cansativo, mas a risada é revigorante.
P.S. - O Galligay é o meu melhor amigo.
Ontem foi muito bom ir à escola. No fundo aquilo foi uma grande mistura de sentimentos: ao mesmo tempo que eu não deveria estar ali, que eu estava deslocado, ali era. . . a minha casa. Meus pés nem pensavam direito, eles já conheciam de cor os caminhos; meu corpo conhecia os sons e sensações. Todos esses anos passados lá me condicionaram fisicamente. Meu lugar é lá, apesar de agora já não mais o ser.
Cara, amigos são divertidos! E desenhar com eles, e cantar com eles, e conversar com eles, e me esquecer de almoçar porque eles são tão fascinantes que não dá pra abandonar a roda. Sim, eu me esqueci de almoçar.
Mas eu vi a Lorena. O Yuri. A Ana e a Aline. A Luda (que estava brava comigo, mas acho que nunca vou entender o por quê) e a Tootie. E vi uma aula de teatro do Vicente. E voltei à biblioteca. E ajudei o Artur a incutir ódio no coraçãozinho puro da Chibi.
Depois a gente ainda passou na casa do Guigo. . . E o Luque tava lá. Nós cinco nos divertimos desenhando em conjunto.
Gosto bastante desses dias cheios de cores e movimento. É legal de colorir depois na Tooty.
E ontem eu também percebi que estava de volta no Belchir. . . Devia tê-lo abandonado há muito tempo, mas todos os caminhos me levam de volta à mesma encruzilhada. Seriam mesmo vários caminhos? Ou sou eu quem repito as escolhas, sempre achando que "dessa vez vai dar certo"? Acho que só sobrou uma alternativa agora. . .
Oh Deus, e u é?
E de noite assisti com a Carol um episódio emocionante de Lost.
Preciso fazer coisas assim em todos os meus dias. Seria cansativo, mas a risada é revigorante.
P.S. - O Galligay é o meu melhor amigo.
quinta-feira, abril 06, 2006
Prêmios!
Olha só pessoal, chegou aquela época do mês de novo!! Hora de entregar os prêmios para os seus comentários (aplausos dentro do grande teatro imaginário que só eu vejo.) Dessa vez dividi em várias categorias, porque tinham frases loucas demais para um prêmio só! Um pouco menos de bobagem pessoal! Aí vão os vencedores:
Prêmio "Hãn??" do mês
milla said
casa da camillinha oleiao
a casa da camillinha oleiao
vamos para lá oleiao
e eu tenho que dormir
Prêmio "Te zoou, hein!"
Samurai said
O ugo é meio bugado...
Prêmio "Libido incontida" do mês:
lobz said..
*rrr* aposto que eles acharam os portugueses uns gatos
(reparem no *rrr* no início da frase...)
Prêmio "Caca" do mês
Maroc said
Mas eu posso fazer papa com a minha comida?
(precisa explicar que não pode?)
Prêmio "Me-esqueci-que-no-final-do-ano-passado-sai-com-meus-amigos-e-fui-assistir-à-Mascara-do-Zorro-fantasiada-de-pirata":
milla said
eu fui com a Clara no Mac depois de uma festa a fantasia e eu tava fantasiada de pirata!!!
(reparem nos !! depois de pirata, como se fosse o tema da fantasia que criasse a situação absurda)
Prêmio visitante esquisita (mas muito amada!):
Lydia said
Oi! É a Lydia!
Menção honrosa (porque eu, sendo juiz, não posso ganhar)
Charles said
Eu daria uma ótima rainha!
E agora, a promessa do mês!:
milla said
não sei, luque, mas (sic) qqualquer coisa eu caso com o charles (...)
(Há! você disse Milla, não há "turning back" agora!. Juro, vão checar no post Tordesilhas. Ela disse, vocês estão de prova!)
É isso aí!
Parabéns aos vencedores! E Camilla, pare de aparecer tanto... Mais prêmios quando eu estiver afim de novo!
P-pp-por enq-q-quanto é s-só ppes-ssoal!
Prêmio "Hãn??" do mês
milla said
casa da camillinha oleiao
a casa da camillinha oleiao
vamos para lá oleiao
e eu tenho que dormir
Prêmio "Te zoou, hein!"
Samurai said
O ugo é meio bugado...
Prêmio "Libido incontida" do mês:
lobz said..
*rrr* aposto que eles acharam os portugueses uns gatos
(reparem no *rrr* no início da frase...)
Prêmio "Caca" do mês
Maroc said
Mas eu posso fazer papa com a minha comida?
(precisa explicar que não pode?)
Prêmio "Me-esqueci-que-no-final-do-ano-passado-sai-com-meus-amigos-e-fui-assistir-à-Mascara-do-Zorro-fantasiada-de-pirata":
milla said
eu fui com a Clara no Mac depois de uma festa a fantasia e eu tava fantasiada de pirata!!!
(reparem nos !! depois de pirata, como se fosse o tema da fantasia que criasse a situação absurda)
Prêmio visitante esquisita (mas muito amada!):
Lydia said
Oi! É a Lydia!
Menção honrosa (porque eu, sendo juiz, não posso ganhar)
Charles said
Eu daria uma ótima rainha!
E agora, a promessa do mês!:
milla said
não sei, luque, mas (sic) qqualquer coisa eu caso com o charles (...)
(Há! você disse Milla, não há "turning back" agora!. Juro, vão checar no post Tordesilhas. Ela disse, vocês estão de prova!)
É isso aí!
Parabéns aos vencedores! E Camilla, pare de aparecer tanto... Mais prêmios quando eu estiver afim de novo!
P-pp-por enq-q-quanto é s-só ppes-ssoal!
Labels:
Prêmios
História de Suspense e Terror
Maria estava esperando na beira da rua. Seus olhinhos brilhantes encantavam qualquer adulto, sua graciosidade infantil conquistava corações. Ela usava um vestidinho vermelho de rendas e um laço lindamente enfeitado na cabeça, prendendo seus loiros cachinhos.
O dia estava quente e ela olhou para o lado, para os outros pedestres que esperavam os carros passarem.
O moço que estava ao seu lado sorriu gentilmente. Se encantou logo com a garotinha segurando aquele ursinho de pelúcia na calçada - Quer ajuda para atravessar? - Ele perguntou.
- Obrigado moço... mas eu acho que consigo - ela respondeu naquela fala infantil tão melosa e pastosa. Ela deu um sorrisinho charmoso e endireitou o laço.
Apareceu uma brecha, ela se decidiu e pisou na rua. Os outros pedestres passavam apresados e não perceberam o desastre iminente.
O ursinho caiu no chão. Maria parou para pegá-lo, se abaixou na rua. O sinal abre.
Os pedestres abandonam a faixa e a garotinha se prepara para correr até a calçada. O caminhão se aproxima, distraído.
Eis que o nó do sapato, aquele nó tão bem feito que a mãe de Maria demorara para confeccionar naquela manhã, se desmancha. A garota corre até a calçada para sair do caminho dos carros. O mesmo nó se enrosca cruel nos sapatinhos brilhantes da garota e ela cai. Tropeça e se estrambelha no meio da rua, sinal aberto.
Nesse mesmo instante o motorista do caminhão percebe que não vai conseguir parar. . .
O dia estava quente e ela olhou para o lado, para os outros pedestres que esperavam os carros passarem.
O moço que estava ao seu lado sorriu gentilmente. Se encantou logo com a garotinha segurando aquele ursinho de pelúcia na calçada - Quer ajuda para atravessar? - Ele perguntou.
- Obrigado moço... mas eu acho que consigo - ela respondeu naquela fala infantil tão melosa e pastosa. Ela deu um sorrisinho charmoso e endireitou o laço.
Apareceu uma brecha, ela se decidiu e pisou na rua. Os outros pedestres passavam apresados e não perceberam o desastre iminente.
O ursinho caiu no chão. Maria parou para pegá-lo, se abaixou na rua. O sinal abre.
Os pedestres abandonam a faixa e a garotinha se prepara para correr até a calçada. O caminhão se aproxima, distraído.
Eis que o nó do sapato, aquele nó tão bem feito que a mãe de Maria demorara para confeccionar naquela manhã, se desmancha. A garota corre até a calçada para sair do caminho dos carros. O mesmo nó se enrosca cruel nos sapatinhos brilhantes da garota e ela cai. Tropeça e se estrambelha no meio da rua, sinal aberto.
Nesse mesmo instante o motorista do caminhão percebe que não vai conseguir parar. . .
quarta-feira, abril 05, 2006
folclore albanês II
Havia um barbeiro albanês, que um dia foi chamado secretamente para cortar os cabelos de um nobre fidalgo. Assim, o pobre e assustado barbeiro subiu pelas montanhas e foi até o castelo.
Ao cortar os cabelos do fidalgo Gjork Golem, o tal barbeiro descobriu um segredo de horror desmedido: no meio dos cabelos que cortava, escondido pelo elmo, havia um par de chifres.
O nobre imediatamente ordenou ao barbeiro que se calasse e que não contasse a ninguém o que vira, ou a sua morte seria instantânea e dolorosa.
Aluado, o barbeiro voltou da casa de Gjork Golem carregando um segredo tão terrível que sentiu que não podia suportar.
Assim, ele procurou em meio à desolada paisagem hibernal um lugar ainda mais ermo, onde pudesse dizer em voz alta o que vira. O barbeiro chegou à beira d eum poço abandonado, ao lado de uns caniços que o vento agitava, e ali, debruçado sobre o poço, dissera:
"O que sei
sabe ninguém.
Gjork Golem
chifres tem."
Mais tranqüilo, seguira então de volta para seu povoado, certo de que, agora que arrancara de si o segredo, este não mais o atormentaria. Pouco mais tarde chegou à aldeia um pastor que fizera uma flauta de um velho caniço. Talhara-a num instante, como sabem fazer os pastores, abrira-lhe sete furos e levara aos lábios para tocar, mas, para seu espanto, em vez da familiar melodia tinham soado as palavras:
"O que sei
sabe ninguém.
Gjork Golem
chifres tem."
Ao cortar os cabelos do fidalgo Gjork Golem, o tal barbeiro descobriu um segredo de horror desmedido: no meio dos cabelos que cortava, escondido pelo elmo, havia um par de chifres.
O nobre imediatamente ordenou ao barbeiro que se calasse e que não contasse a ninguém o que vira, ou a sua morte seria instantânea e dolorosa.
Aluado, o barbeiro voltou da casa de Gjork Golem carregando um segredo tão terrível que sentiu que não podia suportar.
Assim, ele procurou em meio à desolada paisagem hibernal um lugar ainda mais ermo, onde pudesse dizer em voz alta o que vira. O barbeiro chegou à beira d eum poço abandonado, ao lado de uns caniços que o vento agitava, e ali, debruçado sobre o poço, dissera:
"O que sei
sabe ninguém.
Gjork Golem
chifres tem."
Mais tranqüilo, seguira então de volta para seu povoado, certo de que, agora que arrancara de si o segredo, este não mais o atormentaria. Pouco mais tarde chegou à aldeia um pastor que fizera uma flauta de um velho caniço. Talhara-a num instante, como sabem fazer os pastores, abrira-lhe sete furos e levara aos lábios para tocar, mas, para seu espanto, em vez da familiar melodia tinham soado as palavras:
"O que sei
sabe ninguém.
Gjork Golem
chifres tem."
segunda-feira, abril 03, 2006
Piada interna. Bem interna....
Atenção, atenção! Não-Sei-O-Que E Os Barões Assinalados (A banda de rock/ Sociedade Secreta/ Grupo de Detetives que viajam no Tempo) convida seus membros a resolverem o mistério do Incêndio da Biblioteca de Alexandria. Estaremos promovendo um encontro na próxima sexta-feira, com direito a troca de informações e ao debate: "Legalmente Loira é um filme antigo?". Será no dia 28 de dezembro de 1895, em Paris, durante a exposição do filme "O Trem". Para facilitar a identificação, todos os membros deverão recusar o canapé de queijo "porque está muito molhado". Os irmãos Lumiére já foram contactados.
Na aula
O Professor(com seu sotaque espanhol que é muito parecido com o do Padre Filinto. Juro, é a coisa mais esquisita do mundo) - Por que muitas tribos indígenas ajudaram os espanhóis a derrotarem os Impérios Asteca e Inca?
O Aluno Ingênuo - Ah, acho que é porque os indígenas viram que os espanhóis eram superiores e se identificaram com eles.
Professor - . . . Então eles ficaram... deslumbrados?
Aluno - Eles podem ter achado que os europeus eram melhoras e resolveram ajudá-los. . .
Então tá, né?
O Aluno Ingênuo - Ah, acho que é porque os indígenas viram que os espanhóis eram superiores e se identificaram com eles.
Professor - . . . Então eles ficaram... deslumbrados?
Aluno - Eles podem ter achado que os europeus eram melhoras e resolveram ajudá-los. . .
Então tá, né?
domingo, abril 02, 2006
Desperate Housewives
Minha mãe está longe do que se possa chamar de "dona-de-casa-americana", mas às vezes ela me vem com cada uma...
Aí ela vira pra mim no carro e conta sobre a vez em que ela saiu de um casamento, arrumada e tudo, durante a madrugada e passou no supermercado para fazer compras.
Aí ela vira pra mim no carro e conta sobre a vez em que ela saiu de um casamento, arrumada e tudo, durante a madrugada e passou no supermercado para fazer compras.
sábado, abril 01, 2006
Haccu enfrenta os anjos
Ensaiei muitas vezes. Escrevi frases aqui e apaguei todas. Não estou conseguindo dizer o que voa na minha cabeça agora. Vou tentar de novo:
Hoje eu terminei A Luneta Âmbar (outra vez). Tinha me esquecido que eu amava essa trilogia. Acho tudo tão legal! Daemons, aletômetro, Marisa Coulter, Lyra, Oxford, gípcios, Mary Malone e as mulefas, a Faca Sutil de Cittagáze, o Pó, ursos de armadura, Will, as bruxas, a cidade na aurora boreal, o Norte....
...Percebi coisas nesta releitura. Deu pra entender melhor situações e personagens secundários. Foi muito bom.
Sabe quando a Mary Malone usa o seu computador pra falar com as Partículas de Sombra (o Pó)? E elas mandam ela ir para outro mundo e "bancar a serpente".
Aí a dra. Malone sai feliz da vida andando por um novo mundo estranhíssimo, com seres usando rodas. É então, vocês se lembram que ela usa para se guiar o I-Ching, um sistema de adivinhações chinês (mais ou menos como a Lyra usava o aletômetro)que tinha pausinhos (ok, algum chinês tá se revirando na tumba; deixa eu usar o nome certo...) gravetos de milefólio e interpretações.
Outro dia eu achei no quarto da minha avó um livro. E, que supresa a minha!, era o I-Ching, o Livro das Mutações. Aí eu dei uma lida nos prólogos e nos Apêndices e descobri como se faz uma leitura dele. Desde então venho usando o tal livro. Sabe... Eu me senti muito assustado. É sim quase um aletômetro.
Eu fazia perguntas e ele tinha respostas muito boas. Séculos de tradição e sabedoria chinesa agrupadas em um livro, me orientando. Tá, eu não posso dar exemplos, são pessoais demais. Mas assim é melhor, se eu falasse algo vocês me achariam um tolo crédulo. Vejam por vocês mesmos e tirem conclusões.
Viu, vocês têm um amigo que sabe ler o I-Ching. Podem me perguntar sobre as suas vidas e caminhos que eu dou respostas. He he! Sério, podem perguntar.
Ah é, hoje eu comecei a esboçar o final do Krystalian e o papel dos deuses em tudo isso. E dos Escolhidos que tentam libertá-los pra que eles continuem a inspirar os humanos. E, claro, para que o Sol e a Lua voltem para Kyzywky.
Mas para isso eles vão ter que enfrentar outros Deuses... lutar contra um Deus especial, que quer ser único e Criador... e contra os anjos. Os anjos que aprisionam. Os anjos que moram na alta Torre Cinza, no limite do mundo e da atmosfera, os anjos que são estruturas de luz apenas. Os anjos que... Não, não vou contar ainda... Por que eu mesmo ainda não sei.
Hoje eu terminei A Luneta Âmbar (outra vez). Tinha me esquecido que eu amava essa trilogia. Acho tudo tão legal! Daemons, aletômetro, Marisa Coulter, Lyra, Oxford, gípcios, Mary Malone e as mulefas, a Faca Sutil de Cittagáze, o Pó, ursos de armadura, Will, as bruxas, a cidade na aurora boreal, o Norte....
...Percebi coisas nesta releitura. Deu pra entender melhor situações e personagens secundários. Foi muito bom.
Sabe quando a Mary Malone usa o seu computador pra falar com as Partículas de Sombra (o Pó)? E elas mandam ela ir para outro mundo e "bancar a serpente".
Aí a dra. Malone sai feliz da vida andando por um novo mundo estranhíssimo, com seres usando rodas. É então, vocês se lembram que ela usa para se guiar o I-Ching, um sistema de adivinhações chinês (mais ou menos como a Lyra usava o aletômetro)que tinha pausinhos (ok, algum chinês tá se revirando na tumba; deixa eu usar o nome certo...) gravetos de milefólio e interpretações.
Outro dia eu achei no quarto da minha avó um livro. E, que supresa a minha!, era o I-Ching, o Livro das Mutações. Aí eu dei uma lida nos prólogos e nos Apêndices e descobri como se faz uma leitura dele. Desde então venho usando o tal livro. Sabe... Eu me senti muito assustado. É sim quase um aletômetro.
Eu fazia perguntas e ele tinha respostas muito boas. Séculos de tradição e sabedoria chinesa agrupadas em um livro, me orientando. Tá, eu não posso dar exemplos, são pessoais demais. Mas assim é melhor, se eu falasse algo vocês me achariam um tolo crédulo. Vejam por vocês mesmos e tirem conclusões.
Viu, vocês têm um amigo que sabe ler o I-Ching. Podem me perguntar sobre as suas vidas e caminhos que eu dou respostas. He he! Sério, podem perguntar.
Ah é, hoje eu comecei a esboçar o final do Krystalian e o papel dos deuses em tudo isso. E dos Escolhidos que tentam libertá-los pra que eles continuem a inspirar os humanos. E, claro, para que o Sol e a Lua voltem para Kyzywky.
Mas para isso eles vão ter que enfrentar outros Deuses... lutar contra um Deus especial, que quer ser único e Criador... e contra os anjos. Os anjos que aprisionam. Os anjos que moram na alta Torre Cinza, no limite do mundo e da atmosfera, os anjos que são estruturas de luz apenas. Os anjos que... Não, não vou contar ainda... Por que eu mesmo ainda não sei.
Assinar:
Postagens (Atom)